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Inteligência Artificial é tema de palestra gratuita e aberta ao público em Blumenau
02 de Agosto de 2023

Inteligência Artificial é tema de palestra gratuita e aberta ao público em Blumenau

Evento ocorre no dia 10/8

Diversas soluções envolvendo inteligência artificial (IA) vêm sendo amplamente utilizadas para melhorar o desempenho das empresas, desde um simples atendimento até o planejamento estratégico.

Na saúde, por exemplo, os recursos de IA são aplicados até mesmo para procedimentos cirúrgicos. Mas o que é IA? Qual a sua função? Quais os impactos que causou e ainda deve causar nas empresas e no mundo do trabalho?

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Para falar sobre esses impactos das novas tecnologias na carreira, nos negócios e na área acadêmica, o campus da FAE Business School em Blumenau (SC) vai realizar uma palestra aberta ao público e gratuita no dia 10 de agosto, às 19h. Os palestrantes são o pró-reitor acadêmico da FAE, Everton Drohomeretski, e o professor da área de Administração, Luis André Fumagalli.

IA afeta as carreiras

Uma pesquisa da IBM mostrou este ano que 41% das empresas brasileiras utilizam alguma forma de inteligência artificial no dia a dia. Outro estudo apontou que a IA afeta as carreiras: a plataforma de vendas Cortex concluiu que os salários para essa área podem chegar a R$ 40 mil.

Trazendo inúmeros benefícios para as empresas ou até assustando com sua enorme capacidade de resolução de problemas, a IA vem forçando a adaptação rápida a essa evolução tecnológica, e não é à toa que as digital skills são as mais requisitadas hoje no mercado de trabalho.

Na opinião do pró-reitor Everton, a IA é positiva para as empresas, no sentido de trazer insights, ajudar a criar soluções novas e a entender o mercado. Para ele, a IA potencializa resultados. “Até mesmo pode reduzir o trabalho braçal e, como consequência, sobrar mais tempo para a criação e o desenvolvimento”, completa. Algumas áreas já estão sendo beneficiadas, principalmente aquelas que lidam com questões operacionais, como perfil de pessoas, dados, tratativa de clientes, mapeamentos, estratégias, investimentos (mercado financeiro), marketing digital, desenvolvimento de produtos e publicidade e propaganda, saúde e educação – só para citar algumas. “Claro que para o bom aproveitamento da IA é preciso que as empresas e as pessoas tenham um mindset de crescimento. Aí sim ela pode ser uma grande potencializadora desse crescimento”, analisa Everton.

IA deve ser regulamentada

O professor Fumagalli ressalta que a adaptação a essa “revolução na informação” é lenta, o que causa um sentimento de insegurança.

“Precisamos adaptar tudo isso à academia, à educação, para ter as respostas necessárias, porque ainda não estamos preparados e não temos condições de saber ao certo que novas profissões vão surgir dessa revolução da informação. Então essa passagem será mais longa, mais difícil”, avalia o professor.

Em maio deste ano, um artigo da revista BMJ Saúde Global destacou que a IA deve ser regulamentada devido a alguns riscos, como a capacidade de organizar e até apagar dados de informações pessoais, de desenvolver armas letais e, ainda, de acarretar na diminuição da quantidade de empregos. Fumagalli vai tratar sobre essas questões éticas durante a palestra.

“Teremos malefícios no curto prazo e benefícios no médio e longo prazos. As questões éticas trazidas pela IA exigem um debate muito profundo sobre o seu uso correto”, ressalta. O professor Everton também enxerga alguns pontos negativos, como a redução da capacidade crítica. “O uso da IA pode trazer um certo comodismo, pois pode estimular as pessoas a procurarem respostas prontas, padronizadas. Mas é preciso pensar que a IA não vem para reduzir o trabalho, a criatividade, o humanismo, mas sim para melhorar aquilo que já fazemos”, ressalta.

Blumenau e todo o Vale do Itajaí são grandes parques tecnológicos, por isso é tão importante esse debate. E as faculdades estão em amplo processo de adaptação para inserir o tema nos currículos. Na FAE, a IA é trabalhada com professores e alunos em oficinas, palestras e cursos de formação, em todos os campi. Na visão do pró-reitor, ela deve ser mais uma ferramenta de apoio para melhorar pesquisas e projetos.

A coordenadora da FAE Business School em Blumenau, Juliana Olbrzymek, avalia que a IA veio para impactar positivamente o resultado das empresas, das escolas e consequentemente das pessoas. “Porque coloca eficiência, agilidade e personalização nos processos. Ao mesmo tempo que o tema é polêmico, é também muito desafiador no sentido de como podemos usar a IA para auxílio profissional e não para desagregar ou prejudicar as pessoas que trabalham nas organizações”, ressalta.

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