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ARTIGO | As 3 camadas do crescimento: o que Booking e SpaceX têm a ensinar para as empresas?
14 de Agosto de 2023

ARTIGO | As 3 camadas do crescimento: o que Booking e SpaceX têm a ensinar para as empresas?

"O growth hacking passa a ocupar um espaço cada vez mais necessário aos negócios que buscam ou desejam continuar sendo líderes"

“A verdadeira medida do sucesso é o número de experimentos que podem ser feitos em 24 horas”, afirmou Thomas Edison. O inventor e empreendedor foi muito assertivo quando manifestou esse pensamento. Não apenas ele, mas empresas como Google, Amazon, Facebook, Microsoft, Netflix e Booking possuem essa mesma visão. Tanto é verdade que elas utilizam o poder da experimentação como um destaque competitivo.

Porém, quando pensamos nessas empresas que disruptam o mercado, fica uma pergunta: como eu incorporo essa metodologia transformadora no meu negócio? A resposta é simples, mas a jornada não é fácil. Neste artigo, compartilho o growth hacking pela ótica de três camadas-chave para a aplicação plena da metodologia.

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Mindset
A primeira camada a ser destacada é o mindset — ou como muitos enxergam, a filosofia do growth hacking. Em sua essência, pensar e responder a desafios de forma criativa, rápida e não convencional é algo presente no indivíduo que possui essa maneira de pensar.

Por isso, trabalhar seguindo a metodologia não é algo exclusivo de gênios ou nerds que trabalham com programação, muito pelo contrário. Pensar e agir — responder a algum estímulo —, seja em uma perspectiva de oportunidade, seja de resolução de problemas, não demanda superpoderes.

Seguindo nessa linha, o mindset de growth expressa características como investigação, criatividade e considerar o erro não como uma falha unicamente, mas uma oportunidade de gerar aprendizado.

Dessa forma, percebemos com maior frequência pessoas que possuem essas características fundando startups. Um contexto onde há a necessidade de crescer mesmo tendo recursos limitados e uma equipe enxuta leva as pessoas, naturalmente, a inovar na forma como enfrentam os desafios do dia a dia.

Método
O método é a engrenagem do growth hacking. É através de um processo organizado e estruturado que pessoas que não possuem o mindset de experimentação estabelecido podem desenvolvê-lo. E, também, empresas que acreditam no método como um potencializador de crescimento podem vir a transformar sua cultura organizacional em uma cultura orientada por growth.

Seguir a metodologia é algo primordial para empresas e profissionais por esses motivos:

1. Time: o método demanda o envolvimento e a visão de pessoas com habilidades e visão de mundo distintas. O envolvimento delas para pensar sobre os desafios e metas da companhia deve ser recorrente. É desse borbulhar de pensamentos que surgem os caminhos não convencionais para alcançar resultados fora da curva.

2. Objetivos claros: para guiar esse grupo de pessoas, é necessário ter clareza de objetivos. Onde queremos chegar e onde devemos mirar nossas flechas. Muitas vezes, as organizações possuem metas desconexas com a métrica principal de crescimento, e isso é um problema. O growth hacking também cumpre com o papel de ajudar as lideranças a setarem metas coerentes com o negócio e que todas as áreas possam contribuir de alguma forma.

3. Controle: com um time multidisciplinar engajado e metas claras, o ingrediente final é o controle. Mas não o controle limitante, mas sim o norteador. O método traz esse grande diferencial que garante que tudo tenha o “porquê”, “como” e “o que” deve ser buscado com os experimentos. Tendo clareza dos motivadores, é possível priorizar o que pode gerar mais impacto com o menor esforço — e, com isso, ter um volume cada vez maior de experimentos. Todas as etapas são registradas. E, ao final do processo, avalia-se o resultado, acumulando o aprendizado.

Cultura
Essa é a camada mais complexa a ser alinhada com o growth hacking. Um caso de quem opera de forma plena a metodologia, fazendo parte de sua cultura, é o Booking. A empresa construiu uma estrutura de experimentação em que basicamente todos os funcionários podem sugerir experimentos na plataforma. Milhares são executados mensalmente e ao mesmo tempo.

Sim, esse é um contexto de plataforma — onde o produto em si cria um ambiente mais fértil e de fácil controle, sem que os erros gerem grandes impactos financeiros. Mas, por isso, trago também o exemplo da SpaceX, que testa hipóteses em lançamentos reais de foguetes. Sim, aqui as falhas são milionárias, mas é a forma como usa para aprender com o erro e como conseguiu fazer com que os foguetes hoje sejam reaproveitados. E isso reduziu o custo de lançamento a 10% do valor de mercado estabelecido anteriormente.

Empresas como Booking e SpaceX foram startups e surgiram com o growth hacking incrustado em sua forma de pensar o negócio. O grande diferencial delas para companhias tradicionais como a Nasa é que elas nasceram com as três camadas de crescimento. A boa notícia é que, para organizações que não possuem nenhuma delas, é possível desenvolvê-las.

Mais do que nunca, as empresas caminham em busca da eficiência e da resposta rápida às mudanças do mercado. Para isso, o growth hacking passa a ocupar um espaço cada vez mais necessário aos negócios que buscam ou desejam continuar sendo líderes.

por Everton Henke, Growth Hacker da Brivia

Foto:Freepik

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