Na última sexta-feira (1º de abril), a capa da IstoÉ trouxe uma manchete sobre os “surtos” de Dilma Rousseff. A matéria que revela que a presidente está fora de si, tendo, inclusive, quebrado móveis do Palácio, foi criticada na internet por grupos feministas e outras publicações como a Revista AzMina e o grupo Think Olga. e pode ser processada.
Os comentários, entre os mais de 5 mil compartilhamentos no Facebook (onde a capa foi divulgada), reclamam que a revista tem conteúdo machista, preconceituoso e misógeno quando se trata de críticas à presidente. “Há aproximadamente um mês, a Revista AzMina saiu em defesa de uma jornalista da IstoÉ que teve sua conduta sexual questionada ao publicar um furo de reportagem. Hoje nos entristece muito que a direção da revista IstoÉ não tenha aprendido com o episódio e estampe uma capa extremamente machista contra a presidenta Dilma Rousseff”, afirmou a revista. E o grupo Think Olga também falou sobre o tema: “Discordem politicamente da Dilma o quanto quiserem, mas NÃO ACEITAMOS que a pintem de louca pois conhecemos na pele o peso que tem essa tinta”.
Na rede social o perfil de Dilma respondeu à publicação. “A frase é conhecida: ‘Na guerra, a primeira vítima é a verdade’. A autoria é controversa, mas a aplicação tem sua vertente diante de crises políticas mais agudas. A revista IstoÉ tem se esforçado para trazer a máxima ao presente, sombrear o quanto pode a verdade e jogar na lata do lixo da história qualquer rastro de credibilidade que um dia já teve”. De acordo com o texto, a única resposta adequada “são as medidas judiciais que a Presidência da República tomará contra a revista”.
Segundo o Comunique-se, a Advocacia-Geral da União (AGU) afirmou que vai pedir abertura de inquérito contra a IstoÉ por possível crime de ofensa contra a honra de presidente nas duas últimas edições da revista. “A AGU também invocará a Lei de Direito de Resposta para garantir, junto ao Poder Judiciário, o mesmo espaço destinado pela revista à difusão de informações inverídicas e acusações levianas”, declarou em nota.