A produção industrial do Brasil voltou aos patamares de 2004, mas, ao mesmo tempo, a indústria encontra-se diante de uma oportunidade única para dar um salto para o futuro. O caminho é a manufatura avançada, ou indústria 4.0, que se traduz em um conjunto de soluções tecnológicas acessíveis que permitem a elevação da produtividade e a redução de custos. Este é o tema da reportagem de capa da décima edição da revista Indústria & Competitividade, da FIESC, lançada na última sexta-feira (22). A matéria explica conceitos que fundamentam a indústria 4.0, como big data, internet das coisas, robótica colaborativa e manufatura híbrida, revelando soluções desenvolvidas por empresas catarinenses e pelos Institutos de Inovação do SENAI, além de mostrar o esforço da indústria para a criação de uma Política Nacional de Manufatura Avançada.
Já o setor cerâmico de Santa Catarina é tema de uma reportagem que comprova a eficácia do investimento em design como fator de diferenciação e agregação de valor. Isso permite que as exportações das principais empresas do Estado tenham valor muito superior ao valor médio das exportações brasileira do setor, compensando os resultados obtidos no mercado interno. A diferenciação por meio da qualidade é abordada também em reportagem sobre a produção de queijos finos, que destaca o esforço de pequenas e grandes empresas que trouxeram tecnologia e conhecimentos da Europa para aplicar em Santa Catarina.
Na entrevista principal da edição, o consultor e professor norte-americano Robert Karch explica porque as empresas que possuem os melhores programas de qualidade de vida são as que geralmente obtêm os melhores resultados em seus respectivos setores. A explicação, segundo Karch, é que essas empresas atraem os melhores profissionais, comprovando que a preocupação com a saúde dos trabalhadores é uma poderosa ferramenta de RH. Também abordando o tema dos recursos humanos, uma reportagem sobre a lei de cotas para deficientes (8213/91) revela as dificuldades encontradas pelas empresas para o seu efetivo cumprimento, devido ao baixo número de pessoas com deficiência em condições e dispostas a ocupar postos de trabalho na indústria. Por outro lado, um projeto desenvolvido pelo SESI ajuda as empresas a identificar e a se preparar para receber bem esses trabalhadores.
Indústria & Competitividade de julho traz também uma reportagem sobre o avanço do comércio eletrônico B2B (business to business) entre as empresas em Santa Catarina, destacando as vantagens obtidas com a adoção do sistema, como a recuperação de clientes perdidos. Já a seção Perfil retrata o engenheiro agrônomo Glauco Olinger, pioneiro na extensão rural em Santa Catarina e um dos principais responsáveis pela difusão tecnológica entre os produtores rurais, o que permitiu a sua integração com a agroindústria.
Na seção Agenda da Indústria, um infográfico aproveita o espírito olímpico para associar as demandas do setor a algumas provas esportivas, como levantamento de peso, tiro ao alvo e 100 metros rasos. As “provas” enfrentadas pela indústria se referem a suas agendas de curto e longo prazo, além de reformas institucionais do País e ações internas à maioria das empresas que são necessárias para pavimentar o caminho do crescimento sustentado. Um dos itens principais desta agenda é a elevação da qualidade da educação, tema que é contemplado na revista em matéria sobre o Movimento Santa Catarina pela Educação, que congrega diversas entidades empresariais pela causa no Estado e potencializa o alcance do Movimento criado pela FIESC há quatro anos.
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