Conversamos com Norberto Moretti profissional formado em Comunicação Social, com habilitação em Publicidade e Propaganda pelo Centro Universitário Estácio de Sá e pós Graduado em Marketing Estratégico pela ESPM. No Grupo RIC Norberto atua desde 2006 na prospecção de negócios e carteiras inativas. Em 2008 começou a colher resultados expressivos e atender carteiras da empresa. A partir de 2011 iniciou no atendimento de carteiras médias e grandes. Em 2016 atuou com supervisão comercial temporariamente. Em março de 2017 foi efetivado como Gerente Comercial da RICTV Record Florianópolis.
O momento difícil que o mercado vive exige mais da área comercial. Como pretende adaptar o trabalho para esta realidade?
É momento de transição dos meios de comunicação. Isto inviabilizou alguns negócios que eram expressivos para o mercado em geral. Estamos adaptando nosso trabalho para amenizar e crescer com este movimento. Temos a proximidade com o mercado, viabilizamos negócios e somos abertos a novos formatos. A comunicação mudou e a compra de mídia também. Os anunciantes não investem mais somente em inserções, não compram mais um programa, eles compram um projeto de comunicação de médio e longo prazo. A mídia televisiva precisa ir além do comercial de 30 segundos, isso reflete no crescimento dos anunciantes em Projetos Especiais e Merchandising.
Qual o caminho para se diferenciar no mercado?
É necessário ter uma estrutura diferenciada, conhecer o mercado e disponibilizar um serviço que tenha excelente custo benefício. No caso do Grupo RIC somos o maior produtor de conteúdo regional do Sul do Brasil, isso nos dá condição de compor uma audiência qualificada, com engajamento no conteúdo. A TV organiza formatos de comunicação que geram experiência e repercussão para cada cliente anunciante. Hoje reunimos centenas de cases positivos de clientes que nos orientam e geram métrica para o mercado publicitário. O Grupo RIC entende que além da entrega de mídia, precisamos usar o capital investido do cliente para gerar conteúdo e pautas positivas que atendam e repercutam para o bem do mercado em geral. Com este formato construímos elos de uma corrente do bem, entre o Grupo RIC, o anunciante e a agência, um grande círculo virtuoso.
Como a equipe se prepara para estar em sintonia com estas mudanças?
Estudamos o mercado, os clientes e a TV em geral, região por região de Santa Catarina, destacamos os indicadores que nos atraíram e seguimos esses dados positivos para compor a nossa receita. O Grupo RIC assina uma série de pesquisas que orienta o nosso trabalho tornando-o mais eficiente e objetivo. Somos direcionados para o resultado, buscamos validar e fazer o que as agências e parceiros precisam. Sempre que possível usamos parte das reuniões comerciais para fazer capacitação, audiência técnica, trazer dados de mercado e consumo. A nossa equipe comercial da TV é extremamente competente e qualificada para buscar as metas e as tarefas dentro do escopo que definimos.
O crescimento dos meios online tem sido considerado o vilão dos modelos tradicionais de mídia. Como superar este desafio?
Todo tipo de mídia está em transformação. A internet trouxe uma velocidade grande para a comunicação, mas também sofre a médio prazo com as constantes mudanças e audiência dissolvida. No Grupo RIC usamos meios online para darem apoio ao nosso conteúdo e projetos. Quanto custaria uma mídia no meio online para atingir dois milhões de pessoas em um dia? A televisão é um meio seguro, expressivo, tem um alcance gigante e excelente custo benefício, atua muito bem com a mídia online.
Qual a expectativa para o futuro do mercado?
A economia não voltará a ter o formato de 2014, a questão financeira pode melhorar, mas vai se basear em outro mercado. O tipo de consumo migrou, neste cenário encontramos empresas que cresceram muito e outras que estão mais sensíveis à crise. Corretoras de investimentos captaram muito dinheiro em 2015 e 2016 de gente indecisa. Esses empresários e investidores não querem colocar o capital para construir mais um prédio, para comprar um terreno e revender, para abrir uma nova filial de sua empresa. Boa parte do mercado está aguardando para tomar decisões após a retomada do crescimento do país e a estabilidade política. Acredito que o mercado deve retomar o crescimento em 2018, de maneira qualificada e criteriosa.
E o mercado de TV aberta regional?
Este ano de 2017 completarei 11 anos de Grupo RIC, atendi centenas de clientes, vi muitas empresas nascerem e outras tantas morrerem. Ficou claro um importante detalhe: as empresas vencedoras se comunicaram, e fizeram isso muito bem. Você não pode simplesmente abrir uma porta ou um negócio e esperar sentado seus clientes chegarem, as empresas precisam se comunicar.
Nas pesquisas avaliamos três indicadores principais: Share of market, que é a participação que o cliente tem no mercado; Share of mind, a lembrança de marca ou posicionamento na mente do consumidor; e Share of voice, como ele está se comunicando na mídia. Essas informações desenham o nosso mercado, apontam distorções e tendências para fazermos, cada vez mais, um trabalho qualificado e comprometido.
Para veicular uma boa campanha precisamos ir além da audiência de um programa, precisamos construir e avaliar o projeto de mídia comprometido com resultados consolidados. Toda campanha promocional tem reflexos institucionais também, e isso é tangível e de grande valia. Estamos preparados com informações para propor negócios consolidados aos clientes.