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Coluna Ozinil Martins | Brasileiro e o Estado paternalista
04 de Dezembro de 2024

Coluna Ozinil Martins | Brasileiro e o Estado paternalista

Eu, Estado todo poderoso, penso e ajo por você!

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Por Prof. Ozinil Martins de Souza 04 de Dezembro de 2024 | Atualizado 04 de Dezembro de 2024

A expressão “este país não corre nenhum risco de dar certo” está mais correta do que nunca. O senso comum nunca foi tão agredido pelos poderes da República como só é acontecer nos tempos atuais. Em entrevista à TV JPan o Ministro Carlos Lupi, em busca da salvação do povo, pediu a seu departamento jurídico que encontrasse uma fórmula para impedir que o dinheiro das aposentadorias fosse usado para apostas eletrônicas. Olha o Estado pensando e agindo pelo cidadão. Eu, Estado todo poderoso, penso e ajo por você!

Por outro lado o governo festeja os números do desemprego no país. Nunca os números estiveram tão baixos como agora. Mas, quando se olha para os indicadores que conduzem a esta euforia, tomamos conhecimento de que, se o indivíduo teve qualquer remuneração na semana que antecedeu a pesquisa, equivalente a duas horas de trabalho, ele é considerado empregado. Que maravilha!

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O desemprego está baixo, mas os números de beneficiários do bolsa família chegam a 54 milhões de pessoas (23 milhões de famílias) e como recebem seus auxílios do governo são considerados empregados e não oneram a estatística do desemprego.

Importante ressaltar que, em cidades onde há pleno emprego, os beneficiários do Bolsa Família negam-se a trabalhar com carteira profissional assinada para não perder o benefício. Este , que deveria ser temporário e em caráter emergencial, transforma-se em permanente e sem nenhuma exigência de contrapartida. Se você compreender isto como compra de votos não estará pensando nenhum absurdo.

Os prefeitos de Bento Gonçalves, na serra gaúcha e de Chapecó, oeste catarinense, iniciaram um corpo a corpo com os beneficiários do Bolsa Família, ofertando auxílio para buscar empregos e zerar em seus municípios os usuários deste benefício. Os dois municípios são muito fortes economicamente e vivem o pleno emprego. Vamos acompanhar atentos os resultados. Aos prefeitos que estarão exercendo os cargos a partir de janeiro/25 que o exemplo frutifique.

Que o cidadão brasileiro comum é viciado em Estado não resta nenhuma dúvida; fazemos muito pouco pelo país e por nós mesmos. Sempre esperamos que a mão do Estado seja estendida para que, com o dinheiro dos impostos arrecadados, ofertem algumas migalhas, hoje, fantasiadas de bolsas. Que o exemplo dos moradores de Nova Roma do Sul, no RS, sirva para o povo que não acredita em “os que dizem que não é possível fazer, saiam da frente dos que estão fazendo!

Importante que o brasileiro comum entenda que é mantido na ignorância para satisfazer os planos dos donos do poder. A Educação nunca esteve tão fragilizada no Brasil como atualmente. Isto acontece pela negligência dos poderes constituídos e pela omissão dos pais, que sequer vão às escolas nas reuniões em que se discutem as necessidades de seus filhos. Talvez, a ilusão seja de que o Estado resolverá todos os problemas que no futuro surgirem.

Foto: Freepik

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