O Sistema OCB premia na próxima segunda-feira (12), os alunos classificados na etapa nacional do 10º Prêmio de Redação do Programa Cooperjovem. A solenidade de premiação acontece às 9h, na sede do Sistema OCB, em Brasília. Dos seis alunos selecionados, três são catarinenses: na categoria I, Karollina Cordeiro da Rocha e, na categoria II, as alunas Andressa do Couto e Luana Diehl. Uma comitiva de 16 pessoas de Santa Catarina vai acompanhar a cerimônia, que prevê prêmios de participação para os alunos e também para suas escolas, professores e cooperativas parceiras.
Os agraciados participarão de uma visita guiada em Brasília e, no dia seguinte, embarcarão para uma viagem cultural à cidade de Nova Petrópolis/RS, para conhecer o berço do Cooperativismo brasileiro na companhia de seus responsáveis e dos coordenadores de unidade estadual premiada.
Nesta edição, foram mais de 16 mil redações foram inscritas nas categorias I, que abrange o 4º e o 5º ano do Ensino Fundamental, e II, do 6º ao 9º ano, sendo que oito unidades estaduais cumpriram todos os critérios do Regulamento. “Atitudes Sustentáveis: promover ações e agir coletivamente” foi a temática desta 10ª edição.
Confira:
Classificados – Etapa Nacional:
Categoria I
– Gabriel Augusto Vaz Dias de Souza (de São Paulo)
– Karollina Cordeiro da Rocha (de Santa Catarina)
– Maria Clara Nascimento Gomes Pereira (da Paraíba)
Categoria II
– Ana Carolina Coelho Silva (da Paraíba)
– Andressa do Couto (de Santa Catarina)
– Luana Diehl (de Santa Catarina)
Confira as redações catarinenses selecionadas:
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Aluna: Karollina Cordeiro da Rocha
Escola de Ensino Fundamental Senador Francisco Benjamin Gallotti – Rodeio
5º Ano
Cooperativa parceira: VIACREDI
Ações cooperativas e sustentáveis
Nós, crianças somos o futuro do Brasil, precisamos desde cedo incorporar ao cotidiano atitudes voltadas à preservação dos recursos naturais. Não basta os professores mostrarem o caminho, é preciso colocar em prática ações para provocar mudanças.
A iniciativa da escola onde estudo é promover ações positivas para a preservação da saúde, meio ambiente e qualidade de vida para todos no futuro.
Através do projeto Alimentação Saudável, resolvemos aproveitar um espaço que foi disponibilizado no ano passado, onde os alunos fizeram canteiros com garrafas pet, fizemos a horta na escola, envolvendo alunos, funcionários da escola e comunidade.
Aprendemos a preparar a terra, como fazer o plantio, cuidar da horta e o mais importante a colher o que plantamos. Produzindo produtos orgânicos, sem agrotóxicos que poluem o solo, aprendemos que esses alimentos naturais são combustíveis para o bom funcionamento do nosso corpo.
Tudo o que estamos aprendendo está sendo montado num portfólio, para isso estamos reutilizando revistas. A partir dos conhecimentos obtidos na escola, já ouvi muitos colegas relatarem que fizeram uma horta em casa, plantando verduras, legumes e temperos.
Na sala de aula, os lixeiros foram eliminados para que os alunos aprendessem a evitar a produção de lixo, arrancando folhas de caderno sem necessidade. O objetivo é diminuir e reaproveitar as folhas que foram utilizadas de um lado para fazer blocos de anotações. Nossa escola tem um espaço coberto com material reciclável. Os ensinamentos que aprendemos na escola, devemos compartilhar com a família.
Nossos pais são de outra geração, com certeza uma geração que pouco ouviu falar que no futuro a escassez de água poderia ser um problema e que o desmatamento vem ganhando crescente evidência nas mídias.
Previsões publicadas por revistas, reportagens, vídeos, jornais, apresentam o caos referente a má utilização dos recursos naturais. Cooperar para tornar o mundo melhor é uma missão diária e que nunca acaba, comece a mudança pelo que está perto de você, fazendo pouco, mas fazendo a diferença para o bem de todos.
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Aluna: Andressa do Couto
EMEF Ministro Pedro Aleixo – Massaranduba
9º Ano
Cooperativa parceira: Cooperativa Juriti
O século sem sustentabilidade
E, infelizmente aconteceu…os recursos da natureza estão quase esgotados e as palavras dos sábios se concretizaram.
A espécie incrível que pensava e tinha consciência, provou da própria carne a maior catástrofe de sua história.
No final do século XXI, a população ia crescendo, a era digital estava eufórica. Muitas pessoas estavam conectadas nas redes sociais, mas não se conectavam consigo mesmas ou com o próximo.
Foram tempos tristes. Havia quem quisesse mudar os outros elevando a voz, mas ninguém é capaz de mudar o outro, temos o poder de influenciar as pessoas e não de mudá-las. A violência foi aumentando e o meio ambiente não foi poupado. Com os avanços tecnológicos, os humanos não foram capazes de preservar o seu bem maior, a natureza e os seus recursos. O resultado não foi dos melhores. A população entrava em um padrão ou consumo da classe média dos países ricos, seriam necessários três planetas Terra para suprir suas necessidades. Nós temos três planetas Terra? Temos algum outro lugar para ir quando sugarmos todos os recursos que existem onde moramos? A resposta é não.
As nações lutavam pelo seu próprio espaço, exercendo o direito de expandir sua economia, mas sem sustentabilidade, o que gerou o caos. A luta por água e alimento era constante, os agricultores aos quais não eram tão valorizados, passaram a ser as estrelas desse tempo difícil.
O desafio era sempre o de viver mais um dia. A grande parte dos líderes das nações faziam discursos e promessas, mas nada saia do papel. Havia os bem intencionados e os que usavam sua fonte de poder para suprir suas próprias necessidades e não da sociedade. Tinha dificuldade na comunicação. Pensavam como classes e raças, mas não como humanidade.
Cometeu-se um grande crime contra as gerações futuras. A escassez da água e dos alimentos chegou a ser de um nível insuportável, houve revoltas nas ruas. Lideres com pensamentos psicopatas, entravam na mente das pessoas e as influenciaram. No fim, as armas saíram dos depósitos e ocorreu a temida da terceira guerra mundial. A mais brutal dentre todas. Povos e culturas foram extintos. E esse foi um período em que a humanidade se feriu.
Na guerra não há vencedores, há apenas os que perdem menos. Mas na maior guerra de todos os tempos, a humanidade inteira perdia, choravam como nunca, que se tamanhas lágrimas fossem somadas, formariam um rio. Um rio que denunciaria o egoísmo e o consumismo dos seres humanos.
O mundo era puro caos, escassez de água e alimentos. A humanidade matava a si mesma. Mas no meio de tanto horror e de pessoas mal intencionadas, há também os que se unem e procuram fazer a diferença.
No final da Terceira Guerra, um grupo de jovens reuniram suas ideias de cooperação e sustentabilidade. O grupo se nomeava sombra branca, eles combatiam as ideias dos líderes psicopatas e mostravam que se as pessoas se comovessem naquele momento, poderiam tornar o mundo melhor. Não foi uma tarefa fácil, foi trabalho árduo e puro de pessoas que pensavam nos cidadãos. As pessoas começaram a se sensibilizar com as palavras dos jovens.
Trabalhavam juntos para derrubar os líderes mal intencionados, influenciavam as pessoas para o bem. O grupo que começou pequeno, agora era enorme. Começavam a preservar e cuidar dos poucos recursos que ainda restavam.
“Preservar, cuidar e reutilizar” era o lema que mais se ouvia naquele momento. O grupo de jovens mostrou que juntos eram mais fortes, e, por causa da cooperação e carinho ao próximo, as pessoas deixaram de pensar como classes e raças, e sim como seres humanos.
Nós, indivíduos, temos o poder de nos autodestruir ou salvar, a decisão está em nossas mãos.
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Aluna: Luane Diehl
Escola de Educação Básica Madre Benvenuta – São João do Oeste
8º Ano
Cooperativa parceira: SICOOB CREDITAPIRANGA
Um pedido de socorro
Prazer, eu sou a natureza. Sou aquela que dá tudo para todos sobreviverem, mas que poucos valorizam. Aquela que grita por socorro. Aquela que era tão bela, e que hoje é tomada pelas marcas da destruição. Sinto uma angústia terrível ao pensar o que pode acontecer em um futuro não tão distante. Tento alertar a todos da melhor maneira possível, mas às vezes tenho que tomar medidas drásticas, mostrar que estou sofrendo e que talvez eu não resista a todos os problemas que me atingem diariamente.
Por isso, mando sinais que há algo errado: calor no inverno e frio no verão. Todos estranham, mas só alguns mudam de atitude para que tudo volte a ser como era antes. Sinto-me abandonada ao ver que meu sofrimento passa despercebido aos olhos de muitos que se deslumbram com seus bens materiais. As dores da destruição e a preocupação de perder o pouco que ainda me resta, me fazem pedir novamente por socorro. Para alguns, tudo isso pode parecer uma besteira, mas, para mim, a natureza, tudo é muito sério. Sei mais que ninguém o que poderá acontecer se não me entenderem.
Desse modo, peço socorro. Socorro pela poluição que me sufoca. Socorro por esse lixo que me entope e não me deixa respirar. Socorro por esse veneno que me atinge e me corrói até o mais profundo do solo. Enfim, socorro por esse bicho homem que às vezes, mesmo sem saber, me explora. O que há pouco tempo parecia inesgotável, hoje, torna-se incerto. Por isso, preocupo-me com as ações do presente, pois, podem comprometer o futuro.
Se hoje o ser humano possui um enorme problema a ser resolvido, tem também uma simples solução, cuidar, preservar e tomar uma atitude. Atitude, um ato simples, mas com um significado enorme, sendo que ela pode trazer inúmeros benefícios ou sérios problemas, deve-se então tomar a atitude certa. Atitude sustentável e cooperada, uma vez que, juntos sempre somos mais fortes. É preciso, para a sustentabilidade, manter a rede, a interligação que deu origem à vida e a mantêm. Permitir que as espécies e as condições de sobrevivência delas sejam mantidas. Cuidar da água, do solo, da temperatura planetária. E cada qual precisa fazer sua parte. Em cooperação, em rede, manteremos a rede da vida.
Assim, estarás me ajudando e ajudando a si próprio, evitando que o nosso planeta se torne um inferno. Não existe classe social, idade, profissão ou grau de escolaridade exigido para contribuir para um planeta melhor. Todos os seres humanos são corresponsáveis e juntos podem recuperar o tempo perdido, amenizar e tentar corrigir as marcas de seus erros. E o meu futuro? … só depende de você.