Na noite desta segunda-feira, 13/03, foi realizada na sede da FIESC, em Florianópolis, a cerimônia de posse da nova Diretoria, do Conselho Consultivo e Fiscal da ACAERT-Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão para o triênio 2017 – 2019.
Foi uma solenidade prestigiada por radiodifusores catarinenses, publicitários e autoridades que presenciaram a posse simbólica de 37 radiodifusores em seus cargos na ACAERT.
O Governador Raimundo Colombo, em seu pronunciamento focou a importância dos meios de comunicação. “A ACAERT conseguiu construir relacionamentos entre concorrentes e separar as coisas. Ela se soma, ela se une, ela se multiplica. E ela representa muito bem nós todos catarinenses. É uma instituição que a gente tem que valorizar muito porque eu acho que uma das grandes qualidades de Santa Catarina, e aqui foi colocado, é a nossa boa distribuição demográfica, o nosso bom equilíbrio social, a nossa proteção aos valores culturais de cada região, a questão econômica, o valor dos nossos personagens, da história da nossa gente, isso tudo é contada, valorizada, todos os dias em cada rádio, em cada notícia, no trabalho individual de cada um. Na soma de tudo isso nós estamos falando de valores humanos, na essência da vida. E eu acho que isso faz com que Santa Catarina seja o que é, e diferenciada por ser o que é. Exatamente porque a gente encontra em cada região uma identidade e você vê as pessoas com a sua personalidade cultural definida na luta de cada região, se preservam os valores artísticos culturais com as festas diferenciadas que são promovidas, valorizadas. Eu acho que a imprensa tem um papel maravilhoso na preservação destes valores. Nas reivindicações que são de cada região.”
Marcello Petrelli em seu pronunciamento manteve a linha que vem defendendo há algum tempo, inclusive em entrevistas para a Tv AcontecendoAqui, de que a imprensa deve sim ter um lado e defendê-lo com ética e responsabilidade. “A pergunta que gostaria de fazer aos líderes empresarias e dos poderes é: Quando as verdades aparecem de que lado vamos ficar? Do lado da sociedade com espírito público ou do lado do corporativismo? Eu entendo que cada um de nós vai precisar ceder, abrir mão, se sacrificar pelo bem comum. Por isso, a grande reflexão é: iremos construir um espírito público de verdade, ou não?”
Acompanhe alguns trechos do discurso de Marcello Petrelli
O Brasil atravessa um momento sem precedentes, com várias crises que afetam a vida de todo cidadão. A financeira, ética e moral, além da crise no modelo de gestão do Estado, inchado, ineficiente, caro e que se voltou contra a sociedade.
Nós, as entidades de classe e seus dirigentes, precisamos abraçar uma agenda transformadora, com a coragem de mobilizar a opinião pública em torno das reformas necessárias. Acontece que a imprensa é muito criticada quando revela benefícios e privilégios de “A” ou “B”, e acaba travando essa luta sozinha, quando deveria receber o apoio da sociedade, ajudando a mudar essa realidade.
A pergunta que gostaria de fazer aos líderes empresarias e dos poderes é: de que lado vamos ficar? Do lado da sociedade ou do lado do corporativismo? Eu entendo que cada um de nós vai precisar ceder, abrir mão, se sacrificar pelo bem comum. Por isso, a grande reflexão é: iremos construir um espírito público de verdade, ou não?
A ideia é falar no que podemos fazer para nos superar, evoluir, construir um país que tenha valores, ordem, ética, oportunidade de negócios e de trabalho, segurança, acesso à saúde e a justiça. Um ponto de equilíbrio entre direitos e obrigações. Na busca por esse objetivo, a nossa participação como cidadãos, líderes e empresários tem que ser diária, contínua. Cada um de nós tem o poder de transformar a sociedade, de influenciar os seus amigos, funcionários e familiares – seja como cidadão, empresário ou líder de alguma entidade ou poder.
Precisamos tornar os nossos veículos de comunicação cada vez mais atuantes e presentes, não apenas como meio, mas como setor – porque não somos uma empresa pública que não pode assumir lados – pelo contrário, a inciativa privada tem essa liberdade justamente porque paga impostos, gera empregos e é o motor da economia.
Se nosso estado já é diferenciado hoje, e serve de exemplo em muitos setores, tenho certeza de que ele continuará sendo um modelo no futuro, ajudando a pautar o Brasil que queremos. E a mídia regional, representada pela ACAERT, deve e será uma protagonista desse processo, sempre atuante a favor do nosso estado.