1. Minerim chegou na zona e falou pra cafetina:
“Hoje tô a fim de um gay. Tem um bão ai?”
“Aqui não temos gays, só mulheres” respondeu a cafetina.
“Não??? Putz!! hoje eu queria memo era um gay prá variá. Pago cinco mil real.”
A cafetina, gananciosa, chegou pro leão de chácara da zona – um negão de dois metros de altura, faixa-preta de karatê, judô, jiu-jitsu, taekondo, box, briga de rua, vale-tudo, capoeira, pancadaria e assalto a mão armada – e falou:
“Vamos tomar um dinheiro desse mineirinho otário. Vou dizer que você é viado. Você entra no quarto com ele, pega o dinheiro, arranja um motivo prá confusão e dá um pau nele.Depois rachamos a grana.”
O minerim entrou no quarto com o negão, trancou a porta e logo começou a pancadaria. De fora só se ouvia barulho do que acontecia lá dentro. 40 minutos depois, todo mundo na expectativa, a porta se abriu. Saiu, então,
do quarto o mineirinho arrumando a calça e comentando:
“Brabin ele, né???? Quiria dá não…”
2. Outro dia a presidente da República foi a Laguna para assinar o contrato de construção (ou foi o documento de abertura da licitação para a construção?) de uma ponte na 101.
“Agora a ponte sai”, disse alguém do Dnit. “Enquanto isso a gente termina uns trechos que estão faltando e a estrada já poderá ser entregue aos motoristas. Que poderão viajar confortavelmente por ela”
3. Confortavelmente só porque ele quer.
Quase todo dia transito por aquela estrada em direção à Pedra Branca. Uma vez por semana vou a Tubarão. De micro-ônibus.
Você já percorreu de micro-ônibus um bom pedaço da 101?Não queira.
Aqueles trechos, recém asfaltados, parecem realmente um tapete. Mas só parecem. Quando você viaja em um veículo como o micro-ônibus, percebe, com sérios prejuízos para o seu corpo: a estrada está cheia de desníveis.
Parece que as empreiteiras que a construíram não combinaram o jogo. Uma termina determinado trecho, larga lá. Outra constrói o trecho contíguo e não tem a mínima preocupação de verificar se ambos estão no mesmo nível.
Raramente estão. Daí, para sofrimento do passageiro, parece que a estrada não tem asfalto.
4. E o Dnit, não fiscaliza, não vê isso?
Aparentemente, ele está que nem o mineirim. Leva o consumidor para a estrada, massacra ele, ouve as queixas, deixa-o destroçado e se limita a dizer:
“Brabim ele, né? Num queria viajá.”