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A 101 e o Mineirim
29 de Maio de 2012

A 101 e o Mineirim

1.   Minerim chegou na zona e falou pra cafetina:

 

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“Hoje tô a fim de um gay. Tem um bão ai?”

 

        “Aqui não temos gays, só mulheres”  respondeu a cafetina.

 

        “Não??? Putz!! hoje eu queria memo era um gay prá variá.  Pago cinco mil real.”

 

A cafetina, gananciosa, chegou pro leão de chácara da zona – um negão de dois metros de altura, faixa-preta de karatê, judô, jiu-jitsu, taekondo, box, briga de rua, vale-tudo, capoeira, pancadaria e assalto a mão armada – e falou:

 

        “Vamos tomar um  dinheiro desse mineirinho otário.  Vou dizer que você é viado. Você entra no quarto com ele, pega o dinheiro, arranja um motivo prá confusão e dá um pau nele.Depois rachamos a grana.”

 

O minerim entrou no quarto com o negão, trancou a porta e logo começou a pancadaria. De fora só se ouvia barulho do que acontecia lá dentro. 40 minutos depois, todo mundo na expectativa,  a porta se abriu.  Saiu, então,

do quarto o mineirinho  arrumando a calça e comentando:

 

 “Brabin ele, né???? Quiria dá não…”

 

2.   Outro dia a presidente da República foi a Laguna para assinar o contrato de construção (ou foi o documento de abertura da licitação para a construção?)  de uma ponte na 101.

“Agora a ponte sai”, disse alguém do Dnit. “Enquanto isso a gente termina uns trechos que estão faltando e a estrada já poderá ser entregue aos motoristas. Que poderão viajar confortavelmente por ela”

3.   Confortavelmente só porque ele quer.

Quase todo dia transito por aquela estrada em direção à Pedra Branca. Uma vez por semana vou a Tubarão. De micro-ônibus.

 

Você já percorreu de micro-ônibus um bom pedaço da 101?Não queira.

 

Aqueles trechos, recém asfaltados, parecem realmente um tapete. Mas só parecem.  Quando você viaja em um veículo como o micro-ônibus,  percebe, com sérios prejuízos para o seu corpo: a estrada está cheia de desníveis.

 

Parece que as empreiteiras que a construíram não combinaram o jogo. Uma termina determinado  trecho, larga lá. Outra constrói o trecho contíguo e não tem a mínima preocupação de verificar se ambos estão no mesmo nível.

 

Raramente estão. Daí, para sofrimento do passageiro, parece que a estrada não tem asfalto.

 

4.   E o Dnit, não fiscaliza, não vê isso?

Aparentemente, ele está que nem o mineirim. Leva o consumidor para a estrada, massacra ele, ouve as queixas, deixa-o destroçado e se limita a dizer:

“Brabim ele, né? Num queria viajá.” 

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