O que uma baleia e um conteúdo têm em comum? | Cannes Lions 2017
21 de Junho de 2017

O que uma baleia e um conteúdo têm em comum? | Cannes Lions 2017

Com esta indagação, dois conceituados e premiados criativos internacionais apresentaram suas considerações sobre a importância da excelencia na produção de conteúdos. Assim como o som de uma baleia viaja quilômetros de distância sob águas profundas, um conteúdo publicado na web também pode alcançar um universo imenso de audiência. 

Inovação em conteúdo
O pavilhão de Innovation do Cannes Lions foi palco de um talk entre Sir John Hegarty, um dos mais premiados criativos do mundo e Neil Waller, Co-fundador e CEO da Whalar, o único mercado de parceria do Instagram / Facebook que conecta marcas com influentes criadores de conteúdo.

O talk se passou de maneira descontraída, e o tema principal foi a tendência das marcas colaborarem cada vez mais com seu público, pois este está a cada dia, passando a ser criador de conteúdo em vez de simples espectadores. Hegarty declarou no começo do talk que a palavra “consumidor” é pesada e na base tem um significado negativo, chamar de “audiência”, o que fez Neil se auto-corrigir durante todo o talk usando audiência no lugar de “consumidor”.

Hegarty explicou que a mídias sociais são uma oportunidade para todas as pessoas, porque a criatividade pertence a todos, é a expressão da personalidade de cada um, é como a sua voz. Isso abre portas para uma quantidade imensa de criativos que não tem o espaço que merecem, e que talvez trabalhem em outra area, porém não deixam de ser criativos. 

Eles adentram no tema afirmando que é preciso entender essas pessoas, observar o trabalho delas, e colaborar com elas, pois possuem seu próprio público.

E  dessa forma usar essa oportunidade de comunicar com essas diversas comunidades que giram em torno desses criadores de conteúdo. As agências tem essa incrível fonte para criar e se inspirar. E esse canal também pode ser usado para saber como você vai interpretar e entender o que as marcas precisam.

Existe também a possibilidade de se apropriar diretamente dessa fonte.  Para isso as agências podem recriar campanhas da mesma maneira que o próprio público cria sua imagens. Como exemplo ele citou a campanha da Dyson,onde 15 criadores de conteúdo foram contratos, + 75 imagens foram produzidas, e ganhou 2 milhões de seguidores num espaço de somente 30 dias e obteve mais de 84 mil interações.Hegarty conclui: “Não podemos ignorar todo esse material que é criado.”

Neil por sua vez salientou que são poucas as marcas e as agências a trabalharem dessa maneira com os criadores de conteúdo, esua plataforma é a única no mundo a propor esse tipo de interação. “Eu diria que quando as pessoas olham propagandas elas acham aquilo chato, as pessoas não querem ver isso. Devemos criar trabalhos que as pessoas tenham vontade de ver,  a maneira colaborativa de se trabalhar com essas pessoas.” declarou Neil.
“Esse é o objetivo dos profissionais de marketing hoje, procurar trabalhar com os criadores de conteúdo para que as marcas se mantenham na liderança, e não ignorá-los, pois quando uma marca publica algo na mídia, ela esta colocando sua imagem em destaque. Mas quando um indivíduo publica algo, aquilo é uma história pessoal, e recebe uma atenção diferente”, enfatizou ele.

Hegarty conclui o talk declarando: “Marcas não devem ficar nas mãos das pessoas, mas devam continuar inspirando a criação, devem continuar liderando, inovando e estando a frente, e é esse nosso trabalho.

É como quando uma banda que tem fã clubes e esses fã clubes interagem, mas eu não quero que os fã clubes escrevam as músicas, ainda queremos que a banda faça a musica.”

Twitter Whatsapp Facebook