As novas tecnologias mudaram os hábitos de consumo dos espectadores ou somente os potencializaram? Para os debatedores do painel “Hábitos de consumo e o futuro da mídia”, que ocorreu na SET Expo 2018, o cenário atual é uma mistura dos dois, com predominância do segundo.
Roberto Franco, mediador do debate e head de Assuntos Institucionais e Regulatórios do SBT, questionou diagnósticos em relação ao comportamento da geração millennial, que vai de 18 a 37 anos, e que representa 43% dos adultos conectados no Brasil. “Será que estamos atribuindo às gerações comportamentos próprios da idade?”, indagou.
Já Melissa Vogel, CEO da Kantar IBOPE Media no Brasil, referiu-se à um velho novo mundo ao listar indicadores do consumo de mídia no país, a exemplo do tempo diário médio depreendido de consumo(8h24). “88% dos jovens viram TV nos últimos 30 dias independentemente da plataforma”, afirmou. Para ela, os produtores devem mirar no tripé experiência-conteúdo-engajamento, que “sempre existiu” e foi potencializado desde 1996, com a expansão da internet comercial.
Para Roberto Franco, o conteúdo é o Rei, a distribuição a Rainha, e quem manda no jogo é o consumidor, Para o vice-presidente de Educação Tecnológica e Outreach da NAB, Skip Pizzi, esses tais mandantes buscam personalização, experiência de imersão, conveniência, interatividade e baixo custo. “Eles querem escolher o quê, como, quando e onde assistir o conteúdo. Isso traz muitas mudanças aos negócios, que precisam se adaptar. Há mais conteúdo, mas o consumo é mais pulverizado, menos massivo”, declarou.
Esta nota conta com informações de SET PORTAL.