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Sempre há consumidores! É o que concluiu debate realizado pelo WTC Florianópolis
23 de Março de 2015

Sempre há consumidores! É o que concluiu debate realizado pelo WTC Florianópolis

Em meio à crise, mercado de luxo projeta crescer 3% em 2015 no Brasil
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Na foto Gontijo Jordan (Moët Hennessy), Márcio Schaefer (Schaefer Yachts) e Jorge Mussi (Volvo)

Os primeiros meses do ano não estão sendo favoráveis para grande parte do empresariado que atua no Brasil em decorrência da crise econômica. Entre alguns dos fatores que influenciam esse cenário estão a retomada da inflação em um ritmo acelerado, o reajuste cambial que fez o dólar bater a casa do R$ 3.30, a redução de crédito para obter financiamentos e, principalmente, os escândalos de corrupção em que está envolvida a Petrobras. 

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Entretanto, apesar de preocupante, a atual recessão pode ser vista como um momento de oportunidade, segundo Gontijo Jordan Pinto, Diretor Comercial e de Marketing da Moët Hennessy, especialmente para os empresários que atendem o exigente mercado de luxo. “No Brasil se consome em um ano 40 litros de cerveja por habitante. Porém, apenas 10% da população bebe uma garrafa de champanhe ao ano. Observe que temos uma grande fatia do mercado para explorar. Como empresários nós temos que acreditar no nosso público. O brasileiro gosta de sofisticação e vai continuar investindo nisso”, explicou Jordan Pinto.

Segundo Jorge Mussi, Diretor de Assuntos Governamentais e Serviços da fabricante de veículos Volvo, desde 2009 o Brasil está entre os primeiros nove países do mundo com um público que consome valores acima dos sete dígitos. O executivo salientou que a alta cotação da moeda estrangeira pode prejudicar parte das vendas, mas não será empecilho para a indústria. “Nossa empresa optou por focar e manter as operações no mercado premium, porque ele pode passar por altos e baixos, mas se mantém constante. Nós estamos convivendo hoje com o dólar a R$ 3.20, porém amanhã ele pode estar R$ 3.60. Mas o fato é que no ano passado o mercado de luxo cresceu no país 7%, fora do Brasil o crescimento foi de 9%. E para esse ano, mesmo com tudo o que estamos vivenciando, a previsão é de que se cresça pelo menos 3%. Ou seja, não vamos deixar de vender. Pois trata-se de um público muito específico, que sabe o que quer”, prevê Mussi. 

As perspectivas para o mercado de luxo em 2015 e os destaques da região Sul foram alguns dos temas discutidos na 3ª reunião do Conselho Consultivo do WTC Business Club Florianópolis, no último dia 19 de março. Mais de 50 empresários CEO’s da Indústria e de Serviços de Florianópolis e região, Joinville, Jaraguá do Sul, e Curitiba participaram do debate.

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Na foto Márcio Schaefer


Santa Catarina tem investido cada vez mais no mercado classe A

A Schaefer Yatchs é um dos exemplos de empresa catarinense que atende ao público de alto padrão, não somente no estado, mas no mundo. De acordo com Márcio Schaefer, Presidente da companhia, a qualidade na execução é essencial, pois é preciso fazer um produto para ser sempre o melhor. Diferentemente dos outros palestrantes, Schaefer não está otimista quanto ao momento econômico pela qual passa o país, mas acredita que ainda é possível passar por essa crise. “Não brincamos de fazer barco. Somos profissionais. Ano passado foi complicado e continua sendo. Mas não dá para abandonar o país e ir para Miami como muitos falam em ir. Será preciso ficar e trabalhar cada vez mais. Essa é nossa realidade daqui pra frente”. 

Os três convidados foram unânimes em afirmar que o mais importante para se ter sucesso no mercado de luxo é oferecer um consumo diferenciado para o seu público. “Luxo nada mais é do que tomar o controle de toda a operação. O preço que se cobra deve ser compatível com uma experiência completa. Devemos inovar no consumo, na forma de apresentação do produto, no merchandising, focar na excelência, para quem compra fazer do universo, único”, acredita Jordan Pinto. “Para nós da Volvo a costumer experience é nosso principal diferencial. E é o que vai fidelizar os clientes e preparar a empresa para os próximos anos”, afirma Mussi. Fotos Mari Braunn e texto Winter Comunicação.

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