O uso da inteligência artificial (IA) tocou todos os aspectos da indústria criativa, e o desenvolvimento de conteúdo em marketing aplicado para abordar a interação acelerada de marcas e empresas com suas audiências não é exceção.
Hoje, o marketing digital baseado em inteligência artificial é uma realidade, e até um diferencial entre agências e empresas que buscam aderir a uma tendência cada vez mais praticada em diferentes mercados.
Segundo Kauana Neves, Country Leader na another, agência de comunicação estratégica líder da América Latina, o marketing digital baseado em inteligência artificial é uma estratégia que utiliza tecnologias avançadas para otimizar e personalizar a experiência online do cliente. Ao analisar big data, a IA permite que as empresas entendam melhor seu público, personalizem conteúdo e ofertas e automatizem tarefas repetitivas, como envio de e-mails e gerenciamento de mídias sociais. Além disso, as campanhas publicitárias são otimizadas em tempo real e facilitam a interação direta com os clientes através de chatbots e assistentes virtuais, melhorando a eficiência e eficácia das estratégias de marketing.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Reuters para o Estudo do Jornalismo da Universidade de Oxford, o ChatGPT é o produto de inteligência artificial generativa mais reconhecido em todo o mundo, porque quase 50% da população já ouviu falar desta ferramenta. Outras plataformas como Gemini, Copilot ou Snapchat My IA são menos conhecidas, com percentuais entre 2% e 29%.
O conhecimento sobre IA também varia de acordo com os grupos sociodemográficos, onde em média os jovens e aqueles com elevado nível de escolaridade indicam já ter ouvido falar deste tema. Além disso, a maioria das audiências deu pouca ou nenhuma atenção à forma como a IA pode ser usada no jornalismo, e expressou sentimentos como resistência, suspeita e medo. No entanto, a percepção também evolui rapidamente quando as pessoas se familiarizam com estas tecnologias, existem aqueles que são mais abertos à sua adoção para algumas funções, aponta o estudo.
Além disso, a utilização desta ferramenta continua a inovar mundialmente no mundo editorial, após a recente parceria anunciada com a Condé Nast para exibir conteúdos de grandes marcas como Vogue, The New Yorker, GQ, Vanity Fair, Wired, entre outras, para permitir que a inteligência artificial utilize textos dos meios acima mencionados, além de compensar adequadamente o uso da propriedade intelectual.
“Pessoas e empresas possuem diferentes opiniões sobre o uso da inteligência artificial. Isso se deve ao fato de que, apesar da resistência a certos termos e condições, há também aspectos positivos, como a acessibilidade e a personalização. A verdade é que essa tecnologia já faz parte do nosso cotidiano e, assim como qualquer outra ferramenta utilizada ao longo da história, seu uso depende das intenções e ações de seus criadores e usuários”, afirma Kauana.