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Geo-política dá o tom nos negócios mundo afora
24 de Fevereiro de 2022

Geo-política dá o tom nos negócios mundo afora

O que toda essa confusão pode influenciar no seu bolso?

Por Eduardo Boechat 24 de Fevereiro de 2022 | Atualizado 24 de Fevereiro de 2022

Atualização: Geo-política dá o tom nos negócios mundo afora
Atualização feita às 12h00 do dia 24 de fevereiro de 2022

 

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E aí, pessoal? Escrevi o texto ontem, dia 23, imaginando que teríamos ainda algum tempo até o desenrolar dos fatos. Porém, o Putin não me acompanha e resolveu acelerar a roda da história. Assim, volto aqui hoje, somente para atualizar os desdobramentos.

 

Como eu esperava, mercados internacionais hoje sofrem bastante, enquanto escrevo essas linhas. Petróleo chegou a bater 100 dólares e agora recua um pouco. Bolsas no mundo também caem. Acompanhar os fatos atentamente é o mais importante. Difícil prever qualquer coisa. Taiwan reportou aeronaves chinesas em seu espaço aéreo. Talvez esteja aí a escalada muito perigosa para o mercado e para o mundo.

 

Eu já mantinha a maior parte do meu patrimônio em caixa, aplicado em renda fixa, aguardando algum momento mais propício. Vou me manter assim, por enquanto. Não dá pra reclamar, como investidor rentista, dos juros atuais caminhando para 12% ao ano. Em cenários de incerteza muito grande, como o atual, estão os maiores possíveis ganhos. Porém, também estão as grandes perdas… Assim, prefiro esperar. Bons negócios a todos.

 

O mundo é dinâmico. Temos fatos novos todas as semanas. Deixo o convite para vocês assistirem ao meu programa semanal no YouTube da Activ Trades Portugal. O programa se chama “Em Busca do Swing Perfeito”, em referência ao swing trade no mercado financeiro e ao swing do golf, esporte que gosto de praticar. Lá comento todos esses fatos semanais e faço projeções para as semanas à frente. Deixem comentários, perguntas, sugestões. Vamos fazer juntos um espaço em que possamos discutir ideias e alternativas para o Brasil, além de comentar operações que possam ser lucrativas.

 



 

23/2/2022 – Nos últimos dias, estamos acompanhando de perto o xadrez geo-político que está sendo jogado por Rússia, EUA, europeus e, adivinhem, China. A cada evento, que toma grandes proporções midiáticas, imediatamente surgem milhares de “especialistas” no assunto, disparando mensagens em todas as redes sociais do mundo. Não tenho aqui a pretensão de passar por especialista em relações internacionais. Muito menos desvendar as reais intenções dos atores desse processo. Mas tenho interesse em tentar enxergar o caminho que os mercados podem tomar nas próximas semanas e meses.

Parece, a esse ponto, inegável a posição de fraqueza que os EUA passaram a ter depois da eleição de Joe Biden. Aqui não cabe nenhuma análise sobre a pessoa de Trump. Isso normalmente suscita paixões e discussões áridas. Porém, o leitor pode olhar a sucessão de fatos negativos no cenário externo americano desde a saída do polêmico ex-presidente. Desde a derrocada no Afeganistão, com o Exército americano praticamente batendo em retirada e deixando bilhões de dólares em equipamentos nas mãos dos Talibãs. Chegando nesse momento agora, em que Rússia e China percebem a possibilidade de recuperar áreas e diminuir a influência dos americanos. Rússia, com a situação na Ucrânia. E a China, com Taiwan na mira.

Dito isso, como os mercados se comportariam? Caso a escalada do conflito na Europa continue, a primeira coisa que será atingida é o comércio mundial. Com restrições impostas por americanos e europeus, a corrente mundial de comércio deve ser afetada. O mundo inteiro já vem sofrendo com aumento de inflação devido, principalmente, a pandemia. E, com certeza, esse novo fator joga mais lenha nessa fogueira. Especificamente no caso da Rússia, deveremos ter impacto ainda maior nos preços de gás natural e fertilizantes. O preço do barril de petróleo já sobe mais de 20% no ano. Com possibilidade de subir ainda mais devido ao conflito.

Dependendo do grau de violência do conflito, poderemos ter diminuição também de turismo, tanto de lazer quanto de negócios, na Europa. Esses setores correspondem, hoje em dia, por parcela importante do PIB de vários países europeus e já vinham sofrendo depois de 2 longos anos de pandemia.

Mas, e o Brasil nisso tudo? Por aqui, o Banco Central já fez uma grande parte do trabalho no que se refere a aumento de taxas de juros. Esse fato ajudou muito a reativar um fluxo de entrada de dinheiro estrangeiro, para investimento em renda fixa. Com isso, vemos o Real se recuperando um pouco da grande depreciação que tivemos. É de se esperar que esse movimento ajude nos números de inflação nos próximos meses. Porém, esse impulso adicional nos preços, provocado pelo conflito na Europa, pode atrapalhar essa queda nos índices de inflação locais. Especialmente, o grande vilão recente que são os combustíveis. Não temos muito como nos defender dessa pressão externa sobre, principalmente, as commodities. Ainda mais em ano de eleição, no qual o governo não tem interesse em diminuir custos da máquina pública.

Assim sendo, considero que estamos longe de uma solução para a questão Rússia x Ucrânia. E temos uma grande confusão, ainda fora do radar dos investidores, que seria a China reivindicar Taiwan. Isso deve, portanto, continuar trazendo bastante volatilidade aos preços dos ativos internacionais e nacionais. Nós, enquanto investidores, temos que estar atentos para que possamos diminuir perdas e maximizar bons resultados nesses momentos.

O mundo é dinâmico. Temos fatos novos todas as semanas. Deixo o convite para vocês assistirem ao meu programa semanal no YouTube da Activ Trades Portugal. O programa se chama “Em Busca do Swing Perfeito”, em referência ao swing trade no mercado financeiro e ao swing do golf, esporte que gosto de praticar. Lá comento todos esses fatos semanais e faço projeções para as semanas à frente. Deixem comentários, perguntas, sugestões. Vamos fazer juntos um espaço em que possamos discutir idéias e alternativas para o Brasil, além de comentar operações que possam ser lucrativas.

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