05/11/07
Para monitorar e minimizar o impacto de suas atividades sobre o meio ambiente, a Tractebel Energia e os consórcios Itá e Machadinho investem em parcerias de pesquisa e desenvolvimento, como a mantida com o LAPAD – Laboratório de Biologia e Cultivo de Peixes de Água Doce, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
A empresa e os dois consórcios financiam o projeto que, por reprodução em cativeiro, garante a preservação dos peixes migradores da bacia do Rio Uruguai, onde a Tractebel Energia opera as usinas hidrelétricas Itá (1450 MW) e Machadinho (1140 MW). “Parcerias como essa contribuem para a melhoria contínua da companhia no atendimento às exigências de seus clientes, da sociedade e da evolução da legislação ambiental”, declara o diretor de Produção de Energia da Tractebel, José Carlos Cauduro Minuzzo.
Peixes serão soltos em SC e RS
Em 6 de novembro, 3 mil exemplares de Dourados e 3 mil de Grumatões produzidos a partir de janeiro de 2007 nas instalações do LAPAD serão soltos na usina hidrelétrica Machadinho em dois lugares: pela manhã em Piratuba (SC) e à tarde em Barracão (RS). Esta soltura será a primeira com o objetivo de incrementar a população de peixes no lago de Machadinho. “Como se trata de um experimento para avaliar o que ocorrerá quando houver estocagem dessas espécies no lago, esses peixes deverão ser liberados em distintos ambientes da Usina, como reservatório, tributários e área de transição entre rio e reservatório”, adianta o coordenador do LAPAD, professor Evoy Zaniboni Filho.
Ele explica que o exercício de migrar é essencial para a produção do hormônio sexual, sem o qual os peixes como o Dourado, o Grumatão, a Piracanjuba, o Suruvi e o Pintado, não liberam óvulos e espermatozóides para se reproduzirem. “No laboratório injetamos hormônio, que é retirado da glândula pituitária de outro peixe, nos reprodutores mantidos em cativeiro. Depois de 15 horas os peixes que receberam a injeção desovam e os gametas são recolhidos para que seja feita a fertilização in vitro”, descreve o professor.
Outros peixes já foram soltos em Itá
Esta não é a primeira vez que o trabalho realizado no LAPAD devolve os peixes ao rio. Em maio de 2004, 3 mil Piracanjubas nascidas em laboratório foram soltas no lago da Hidrelétrica Itá, iniciando o processo de repovoamento da espécie naquele local. “Mais do que cumprir as exigências ambientais, avaliamos as alterações na estrutura e na dinâmica da ictiofauna na área de abrangência das usinas Itá e Machadinho e, com isso, definimos estratégias de manejo para a melhor adaptação dos peixes às novas condições ambientais”, declara o gerente de Meio Ambiente da Tractebel Energia, José Lourival Magri. Os peixes que voltam ao seu habitat estão todos marcados.
Por que a soltura em Machadinho?
Através de pesquisas com espécies nativas, observando as desovas, e acompanhando a estabilização do lago, chega-se à conclusão que o reservatório de Machadinho está pronto para receber os peixes.
Os principais pontos de coleta dos peixes são o trecho entre a Usina Hidrelétrica Itá, no município de Itá (SC) e a barragem da Usina Hidrelétrica Machadinho (UHE Machadinho), nos municípios de Maximiliano de Almeida (RS) e Piratuba (SC); no Balneário de Pratas, município de São Carlos (SC); e no local conhecido como Salto do Yucumã, no Parque Estadual do Turvo, em Derrubadas (RS). Na área do Parque Estadual do Turvo a boa conservação do Rio Uruguai faz do local o último reduto das Piracanjubas naquela bacia.
Objetivos
Avaliar a sobrevivência e o crescimento das espécies de peixe utilizadas nas ações de repovoamento; Testar a capacidade de adaptação de peixes cultivados em um novo ambiente, como o reservatório de Machadinho.
Agenda da soltura
Dia 6 de novembro
10 horas – Soltura no município de Piratuba, em Santa Catarina, próximo à localidade de Zona Alta
16h30 ??? Soltura no município de Barracão, no Rio Grande do Sul, na margem do Rio Uruguai, próximo ao ponto da BR-470.