Segundo informações de um estudo feito pelo GroupM, grupo de investimento em mídia do WPP, o marketing de influenciadores cresceu um pouco mais de 12% na América Latina.
“Os surfistas vão compreender-me. Vamos imaginar aquelas ondas maravilhosas que encontramos nas nossas lindas praias da América Latina. Cada onda é diferente: algumas são previsíveis e outras completamente inesperadas. Isso é o marketing de influência na nossa região: um desafio emocionante que exige agilidade, adaptação e, acima de tudo, uma prancha tecnológica para surfar as maiores e mais poderosas ondas que estão mudando o cenário do marketing digital”, explicou Marcela Villate, Cabra, Líder Regional no GrupoM, segundo informações do Marketing Directo.
O relatório traz, principalmente, que este o boom se deve, claro, pelo aumento da penetração das redes sociais nos últimos anos.
O investimento em marketing de influenciadores ultrapassou US$1 trilhão de dólares na América Latina
De acordo com informações do Statista, o investimento em marketing de influenciadores passou a marca de US$ 1 trilhão de dólares na América Latina apenas em 2024, um crescimento de 12,6% quando comparamos com dados do ano anterior. A estimativa, ainda segundo a empresa, é que estes números cheguem a US$1,82 trilhão até 2029.
“Por outro lado, segundo relatório do Interactive Advertising Bureau (IAB), o marketing de influenciadores cresceu 78% na Colômbia, atingindo mais de 650 mil influenciadores que têm um alcance de quase 335,5 milhões de pessoas. No caso da Argentina, 80% dos habitantes já estão em alguma plataforma de mídia social, com 1,7 milhão de influenciadores e uma predileção pelo Instagram que conecta 90% dos internautas. No caso do México, houve um crescimento de 87% em 2023, com 3,3 milhões de contas, posicionando-se em segundo lugar na América Latina em número de influenciadores”, pontuou o Marketing Directo.
Ainda, segundo dados da Nilsen publicados em 2022, os anúncios utilizados com influenciadores tiveram um aumento, em 9 pontos, quando olhamos as afinidades e a intenção de compra. Eles também chegaram à conclusão de que 80% das pessoas que foram impactadas pelo conteúdo lembravam da campanha.
“Estamos definitivamente num mundo cada vez mais conectado e digitalizado, e é evidente que a nossa região não fica muito atrás. A emergência de influenciadores como criadores de conteúdo e como “mídia” faz parte de uma evolução e revolução significativas. Ter sucesso nesta área exige considerar uma série de aspectos-chave que afetam o marketing e a comunicação”, afirma Villate.
Uma nova forma da utilização do marketing de influenciadores é a UGC (Conteúdo gerado pelo usuário), onde o conteúdo é compartilhado em diversas redes sociais.
“O UGC é uma tendência que tem ganhado muita força nas redes, a sua opinião afunda ou levanta as ondas, e surge uma conversa sobre eles na qual as marcas também podem e devem participar. É sem dúvida uma oportunidade inovadora para capitalizar, e o primeiro passo das marcas é observar o contexto, depois identificar oportunidades para alinhar este tipo de conteúdo com a estratégia de marketing e, por fim, verificar a sua eficácia. Definitivamente há muitas ondas para pegar nessa tendência, por isso hoje, para planejar qualquer campanha, buzz marketing e ferramentas de monitoramento de imagem e conversação social fazem parte do processo”, explicou Marcela Villate.
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