Pela terceira vez, a Aliança Francesa de Florianópolis e a Fundação Cultural BADESC se unem para apresentar as produções dos três finalistas no Prêmio AF de Arte Contemporânea. A exposição coletiva da 8ª edição do prêmio acontece a partir deste sábado (9) na Fundação Cultural BADESC, na capital, e segue até o dia 11 de novembro.
A abertura será às 11h, em transmissão ao vivo pelo canal da Aliança Francesa no YouTube, quando será anunciado o grande vencedor. O evento promoverá ainda uma roda de conversa sobre trajetórias, pesquisa e produção artística dos finalistas.
Segundo a diretora geral da Fundação Cultural BADESC, Margaret Waterkemper, a curadoria da mostra foi pensada de modo colaborativo, em conjunto com os três finalistas, a fim de conceber uma exposição que contemple um pouco da trajetória de cada um deles no mundo das artes. “Territorialidades, sob perspectivas da linguagem, materialidade e poética, estão presentes nas obras de Diego, Fran e Gabi”, afirma.
Agende-se
Exposição Prêmio AF de Arte Contemporânea 2021, com Diego de los Campos, Fran Favero e Gabi Bresola
Quando: abertura – 9 de outubro, às 11h, no canal da Aliança Francesa no YouTube (abertura). Visitação até 11 de novembro.
Onde: Rua Visconde de Ouro Preto, 216, Centro, Florianópolis. Visita virtual pelo site.
Quanto: gratuito
Conheça os finalistas:
Fran Favero
Fran Favero (1987) é artista visual e curadora. É mestre em artes visuais pela Udesc, além de graduada em artes visuais e biologia. Pesquisa as relações de fronteiras que permeiam territórios, corpos e memórias. Nessa linha, atua no campo dos multimeios, incluindo produções em fotografia, vídeo, publicações de artistas e instalações. Já expôs individualmente e em coletivas em espaços como a 14ª Bienal Internacional de Curitiba, no Museu de Arte de Santa Catarina (Masc). É professora colaboradora do Departamento de Artes Visuais da Udesc. Sua obra passa pelas noções de transdisciplinaridade e intermídia como elementos centrais de sua prática. A palavra como conceito disparador também é recorrente em seu trabalho. O atravessamento e as relações possíveis entre território, corpo e palavra (línguas) estão presentes de maneira recorrente nas suas produções.
Diego de los Campos
Diego de los Campos (1971) é artista visual nascido no Uruguai e radicado em Florianópolis desde 1999. Já participou de diversos salões de arte contemporânea, entre eles o de Piracicaba, de Ribeirão Preto e Arte Pará, entre outros. Já expôs individualmente no Museu Victor Meirelles e no Masc. Foi indicado em 2019 ao Prêmio Pipa e, em 2020, foi selecionado no Rumos Itaú Cultural 2020-2021. Desde 2010 integra o Coletivo Artístico Nacasa, onde mantém ateliê e dá cursos de arte multimídia. Sua obra busca ressignificar o descarte da sociedade. Dá sobrevida e reutiliza objetos, ou parte deles, ao colocá-los em movimento. A proposta passa por gerar um movimento interno do pensamento que coloque em jogo contradições latentes de formas de ver o mundo. Nesse sentido, a partir de objetos e materiais interceptados de seu caminho ao lixo, cria estruturas que comportam representações de corpos humanos, por exemplo. De los Campos cria e programa circuitos que utilizam sensores e microcontroladores. Sua busca é que o resultado estético seja uma junção de elementos sem ocultar nem dissimular as funções de cada parte.
Gabi Bresola
Gabi Bresola (1992) é reconhecida pelo trabalho com pesquisa e publicações de artistas e pela coorganização da feira Flamboiã. Na academia, é mestre em Artes Visuais pela Udesc. Desde 2012 realiza exposições e publicações e dedica-se principalmente à elaboração de projetos culturais de artes visuais e de cinema pela Ombu Produção. Também já atuou como curadora de exposições, entre elas Interior, Verada e Reles chão. Individualmente, já expôs em Florianópolis, Itajaí e São Paulo. No cinema, dirigiu o curta Larfiagem e produziu filmes como Antonieta e Documentário. Seu trabalho como artista passa pela pesquisa sobre questões geopolíticas a partir da mediação entre a cultura do interior e as implicações coloniais. Nesse sentido, propõe discussões que entrecruzam o conhecimento empírico e o formal a partir de sua formação rural e acadêmica.