A FIN Brasil 2024, feira Internacional de negócios, tem intensificado ações para que mercados globais fechem negócios com diferentes setores da economia catarinense. Na tarde desta segunda-feira (13/11), representantes da feira e uma comitiva da República do Congo participaram de audiência com o Governador do Estado, Jorginho Mello, no Centro Administrativo. A feira será realizada entre os dias 03 e 04/04, no CentroSul, em Florianópolis.
“Desejo que essas iniciativas se concretizem da melhor forma e que possamos fazer negócios e outras atividades com o continente africano.” menciona Jorginho Mello.
Jatyr Ranzolin, CEO da FIN Brasil e presidente da Câmara de Comércio Brasil-Portugal, afirma que o encontro abriu uma série de possibilidades de negócios futuros com o continente africano. “Estamos nos reunindo com lideranças de diferentes setores para ampliar a presença global de Santa Catarina nos negócios. A internacionalização não se limita ao comércio de bens, engloba também serviços, investimentos e a mobilidade de talentos. Ao atrair investidores estrangeiros, estamos injetando capital em nossa economia, criando empregos e estimulando o crescimento de setores estratégicos. Além disso, a troca de conhecimento entre profissionais de diferentes partes do mundo enriquece nossa força de trabalho, tornando-nos mais aptos a enfrentar os desafios com criatividade e inovação”, complementa Jatyr.
No encontro, fabricantes de casas pré-fabricadas em madeira, integrantes do Consórcio da Associação de Municípios da Região de Laguna (Amurel), também apresentaram a proposta de construção de habitações em diferentes cidades do Congo. O projeto, que inicia nos próximos meses, é resultado de uma viagem realizada em fevereiro por um grupo de empresários catarinenses que foram a países da África para divulgar os potenciais de negócios de Santa Catarina.
O cônsul honorário da República do Congo e da República Democrática do Congo, Sérgio de Moura, que esteve nessa missão estadual, conta que países africanos estão em busca de empresas brasileiras para a exploração de diferentes áreas da economia local. Além da questão da moradia, há lacunas em diversos outros segmentos, como agricultura e piscicultura. Segundo ele, só o Congo importa 80% dos alimentos do Brasil.
“Essa aproximação é importante devido a grandeza de Santa Catarina diante do Brasil e do mundo. Até pouco tempo atrás, nosso Estado praticamente não existia para a África, mas mudamos essa realidade e, a partir de então, os olhos daquele continente se voltam para nós. Vamos construir uma base sólida, iniciar conexões em variadas frentes, como agricultura, tecnologia, construção civil, entre outras”, diz Sérgio de Moura.
Victor Mabiala, diretor do governo congolês, afirma: “O Congo tem terras férteis, estamos proporcionando habitação adequada para a nossa população. Vamos estabelecer grandes conexões e parcerias com Santa Catarina em que ambos os lados ganham”.
A organização da FIN espera receber mais de 100 autoridades governamentais e delegações de mais de 60 países, como Suíça, França, Reino Unido, Estados Unidos, entre outros. Além do setor público, também é aguardada a presença de mais de mil empresários, sendo a metade estrangeiros.