A produtora Mesoilha Teatral estreia no dia 21/3 sua 1ª peça de teatro, um texto original de Cristian Menna, inspirado em O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna.
O espetáculo O Auto do Injustiçado leva o público a uma jornada hilariante e comovente enquanto a trama se desenrola a partir da icônica cena do julgamento, presente na obra do autor paraibano, propondo uma reviravolta instigante: os personagens são convidados a reencenar momentos do passado do Diabo, um ser cansado e relutante em sua função, buscando a redenção de suas almas.
Em uma linguagem que ecoa o Realismo Mágico latino-americano, a montagem transporta o espectador para um universo onde a vida cotidiana se funde ao fantástico, e lendas e fantasias tecem a trama da realidade. A beleza da produção reside em cada detalhe visual: dos figurinos, assinados por Melissa Versari, que definem a identidade de cada personagem e permitem uma viagem no tempo, da moda francesa do século XVIII ao vestuário do século XV, contribuindo para a imersão do público no universo d’O Auto do Injustiçado, e a caracterização de maquiagem, que sela a força expressiva da peça.
Na foto: Elenco e Diretor da peça O Auto do Injustiçado / Créditos: Divulgação Mesoilha Teatral.
Com mais de um ano de preparação, e composta por 18 integrantes, a estreia será realizada no dia 21 de março, às 18h30, na Caixa Preta, Bloco D do Centro de Comunicação e Expressão (CCE) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), como parte da Mostra Acadêmica de Artes Cênicas (MAÇÃ), que também integra a programação da Maratona Cultural de Florianópolis. Toda a produção foi viabilizada por meio de rifas e doações da comunidade, evidenciando o apoio popular à arte local.
“Acredito que o poder da telecomunicação no século XXI transformou as relações humanas em algo efêmero, onde descartamos pessoas por erros simplórios”, diz Cristian Menna, autor e diretor do espetáculo que provoca o público. “Perdoe, pois no fim, todos nós erramos, começamos com medo e terminamos por fazer o que não presta, quase sem querer. É medo. Então, perdoe”, completa.
Contando com uma classificação indicativa de 14 anos, a entrada será gratuita, com ingressos individuais distribuídos no local por ordem de chegada – portanto, é recomendado chegar cedo para garantir o assento. O espaço, com lotação máxima de 60 pessoas, também contará com uma Sala de Acolhimento para pessoas autistas, mães com crianças de colo e outros públicos que necessitem de um ambiente confortável temporário, garantindo que todos possam vivenciar a peça.
