O Grupo Abril protocolou na última quarta-feira (15) um pedido de recuperação judicial de suas empresas na vara de recuperação judicial e falências de São Paulo, conforme definido nos artigos 47 e 48 da Lei 11.101/2005. O pedido engloba todas as companhias operacionais do Grupo, incluindo a Abril Comunicações e as empresas de distribuição de publicações, agrupadas dentro da Dipar Participações, e de distribuição de encomendas Tex Courier. Segundo a empresa, esse movimento se deve à necessidade de buscar proteção judicial para a repactuação de seu passivo junto a bancos e fornecedores e, dessa forma, garantir sua continuidade operacional.
A Abril vem se ajustando nos últimos anos, através de redução de custos e despesas, à nova realidade de transformação tecnológica que o setor vem passando, que afetou as empresas de mídia com impacto na circulação de revistas e na receita de publicidade. Recentemente, a marca promoveu uma ampla adequação de seu portfolio de produtos buscando um equilíbrio econômico-financeiro. Entretanto, uma situação de instabilidade junto a seus credores e ações abruptas de restrição de seu capital de giro levaram o grupo a seguir pelo caminho da proteção judicial.
O grupo reforça que continuará operando normalmente e fornecendo a seus leitores produtos de qualidade editorial, em compromisso com sua história na imprensa brasileira e em respeito aos seus públicos e parceiros.