O cineasta carioca Cavi Borges, que está lançando o documentário “Cidade de Deus – 10 anos depois”, será um dos homenageados no Florianópolis Audiovisual Mercosul (FAM). Apesar de jovem (37 anos), Cavi Borges tem currículo de respeito. Na produção, foram 23 longas e 94 curtas na bagagem. Como diretor, são cinco longas e 22 curtas.
“Já estive outras vezes no FAM disputando mostras, mas fico muito feliz em retornar para receber essa homenagem”, admite.
O FAM 2014, que será realizado na Universidade Federal de Santa Catarina de 23 a 30 de maio, conta com o patrocínio da Petrobras, apoio da Universidade Federal de Santa Catarina e é uma realização da Associação Cultural Panvision. As inscrições dos filmes podem ser feitas até 28 de fevereiro pelo site. A inscrição é inteiramente online e gratuita.
Da Videolocadora para a Direção de filmes
Ex-lutador de judô, Borges foi atleta profissional durante anos. Um histórico de lesões fez abandonar os tatames e entrar de cabeça em outra paixão: o cinema. Abriu uma videolocadora em 1997 e nunca mais parou. A locadora Cavídeo virou produtora e tem conquistado prêmios.
Em 2007 ganhou dois: o edital da Petrobras Cultural para 0 curta-metragem em 35 mm “A Distração de Ivan” (com participação na Semana da Crítica do Festival de Cannes); e o prêmio “Jovem Empreendedor Do Cinema Brasileiro”, representando o Brasil na Inglaterra na etapa mundial, concorrendo com representantes de outros nove países.
Cavi Borges é conhecido por realizar trabalhos de muita qualidade e repercussão. O exemplo mais recente é o filme “Cidade de Deus – 10 anos depois”, que ele dirige e produz. Como o próprio título já diz, o documentário resgata os dez anos passados desde o lançamento de “Cidade de Deus” (2002) e procura mostrar as transformações vividas pelos atores na última década. “A estreia internacional do filme será no dia 08 de março, no Festival de Cinema de Nova Iorque”, adianta Cavi. Depois, o filme circula por outros 10 festivais pelo mundo.
Um dos projetos que lançou o cineasta foi a série de 40 episódios chamada “Mateus, o balconista”, criado em 2008 para ser visto pelo aparelho celular e que, passados seis anos, já foi vendido para mais de 20 canais. “Depois da experiência do celular, filmamos a série para TV e ela foi também para o cinema, completando um ciclo perfeito de transmídia”, conta Cavi, que criou a série inspirado em sua experiência com videolocadora, tendo o ator Mateus Solano como protagonista.
Conheça um pouco mais da trajetória de Cavi Borges:
Longas Dirigidos:
L.A.P.A (2008) – Documentário – Direção Cavi Borges e Emilio Domingos
VIDA DE BALCONISTA (2009) – Ficção – Direção Cavi Borges e Pedro Monteiro
VAMOS FAZER UM BRINDE (2011) – Ficção – Direção Cavi Borges e Sabrina Rosa
PARAÍSO AQUI VOU EU (2012) – Ficção – Direção Cavi Borges e Walter Daguerre
CIDADE DE DEUS – 10 ANOS DEPOIS (2013) – Documentário – Direção Cavi Borges e Luciano Vidigal
Longas Produzidos:
PRETÉRITO PERFEITO (2007) – documentário – Direção Gustavo Pizzi
COWBOY (2010) – documentário – Direção Abelardo de Carvalho
RISCADO (2011) – ficção – Direção Gustavo Pizzi
MENTIRAS SINCERAS” (2011) – Documentário – Direção Pedro Asbeg
CASA 9″ (2011) – Documentário – Direção Çuiz Carlos Lacerda
MALDITOS CARTUNISTAS (2011) – Documentário – Direção Daniel Paiva
ENCHENTE (2011) – Documentário – Direção Julio Pecly e Paulo Silva
COPA VIDIGAL (2011) – Documentário – Direção Luciano Vidigal
A MULHER DE LONGE (2012) – Documentário – Direção Luiz Carlos Lacerda
SOB A SOMBRA DA LUZ (2012) – Documentário – Direção Julio Siqueira
STROVENGAH (2012) – Ficção – Direção André Sampaio
ESSE AMOR QUE NOS CONSOME (2012) – Ficção – Direção Allan Ribeiro
CONTOS DO MACHADO (2012) – Ficção – Direção Jom Tob Azulay
A ARTE DE INTERPRETAR (2012) – Documentario – Direção Lucia Abreu
FLUTUANTES (2013) – Documentário – Direção Rodrigo Savastano
CLAU (2013) – Ficção – Direção Felipe Bragança
ANTES QUE TUDO COMEÇA (2013) – Documentário – Direção Daniel Ribeiro e Jose Luiz Jr
CIDADE DE DEUS – 10 ANOS DEPOIS (2013) – Documentário – Direção Cavi Borges e Luciano Vidigal
SETENTA (2013) – Documentário – Direção Emília Silveira