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Coluna Ozinil Martins | “A sociedade é roubada pelas corporações!”
13 de Junho de 2024

Coluna Ozinil Martins | “A sociedade é roubada pelas corporações!”

As mordomias do setor público são inimagináveis para a iniciativa privada

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Por Prof. Ozinil Martins de Souza 13 de Junho de 2024 | Atualizado 13 de Junho de 2024

A frase que intitula está coluna foi pronunciada pelo ex – deputado federal e ex – prefeito de Porto Alegre Nelson Marchezan Júnior na Câmara Federal quando do exercício do seu mandato. Disse-a quando falava na comissão que analisava as medidas contra a corrupção. Lembrou que os processos contra Renan Calheiros só começaram a andar no STF quando Renan instituiu a comissão que vai analisar os altos salários. Na época já havia funcionários ganhando mais de R$200 mil.

As mordomias do setor público são inimagináveis para a iniciativa privada. Os salários estão bem acima da média do mercado e, em função da pressão das corporações e de seu poder de fogo, buscam cada vez mais mordomia, no chamado salário indireto.

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Basta buscar referências no passado para ver como anda a gestão pública do país. De 2011 a 2017 Nelson Marchezan Júnior exerceu seu mandato na Câmara Alta e, em 2024, os problemas na área de gestão pública estão mais vivos do que nunca.

Nas Universidades e Institutos federais em greve (ao menos 53 Universidades estão em greve e nos Institutos federais são 51 e, ambas já passam de 60 dias), a luta é por melhoria salarial, pois já tiveram seus benefícios reajustados. O que não existe em nenhum momento é o pedido para melhorar a qualidade do ensino. O que já vinha ruim desde a pandemia tende a piorar. Pior é que, em algumas unidades, os professores pedem a suspensão do semestre letivo. Os prejudicados? Os acadêmicos interessados em aprender e a não servir de massa de manobra para professores espertos.

Talvez, em breve, a conclusão de que, para formar analfabetos funcionais não são necessários professores, escancare a realidade que vivemos no país.

Por outro lado quando se leva a ocupar ministérios pessoas egressas e com ligações com o sindicalismo o que se vê é uma volta ao passado e a ressuscitação da legislação trabalhista baseada na Carta del Lavoro de Benito Mussolini que foi instituída no Brasil em 1943. Quando o mundo é sacudido pela Inteligência Artificial, quando as funções do trabalho são revistas em todos os lugares, quando Elon Musk diz que todos os empregos serão absorvidos pela IA, o Ministro do Trabalho pretende regular, contra a vontade dos trabalhadores, as profissões que estão absorvendo trabalhadores ociosos e expulsos pela robotização, mecanização e virtualização. Certo, Alexa?

As grandes corporações dominam o cenário político e econômico brasileiro e o povo assiste a tudo sem entender nada; isto prova que o modelo imposto na Educação obteve sucesso. Criar adultos dependentes, pela formação de adolescentes incapazes e sem vontade.

Em matéria publicada na revista Forbes a pesquisa realizada pela CoderPad identificou que 36% dos entrevistados da geração Z não têm a pretensão de assumir cargos de chefia e, complementa o consultor de carreira da Harvard, Gorick NG, que entrevistou centenas de jovens pelo mundo, menos de 2% tem ambições em subir a pirâmide empresarial.

Será que em algum momento, no futuro que nos espera, os robôs com inteligência ativa, concluam que os humanos sejam um desperdício de tempo e recursos e os entendam como desnecessários? Apesar do absurdo da pergunta filmes antigos e ambientados no futuro nos mostram esta possibilidade.

À população cabe pagar a conta, mesmo sabendo que este é o dinheiro que faltará para a saúde e Educação. Hora de mudar!

Foto: Freepik

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