Todos sabem que o Futebol é um negócio milionário, além de mexer com a emoção dos torcedores de tantos times e clubes pelo país e pelo mundo.
No entanto, assim como a lentidão em alterar as regras do jogo, controladas com mão de ferro pela International Board, fundada em 1883, a gestão dos clubes sempre foi amadora, com diretores amadores e gestões amadoras.
por Hermes Ghidini*
O Brasil, na sua história do futebol, conseguiu grandes feitos no passado, graças aos talentos naturais de seus jogadores nascidos nas peladas de ruas e bairros. E nos tornamos grandes produtores de jogadores, para serem negociados com o exterior, ainda muito jovens.
Nunca tivemos gestão séria no futebol e a CBF é um exemplo disso, com políticos e apadrinhamentos suspeitos em toda a sua história. Vide os Havelanges, Ricardos Teixeiras, Marins que perpetuaram seus mandatos sempre em benefício próprio.
As mudanças começaram na Europa no início desse século e PSG, Liverpool, Manchester United deram partida a essa nova era para o futebol, transformando-se em Clube-Empresa. Hoje inúmeros clubes da Europa já passaram e estão passando para esse modelo.
Agora parece ter chegado a vez do Brasil. No final do ano passado o Congresso aprovou a criação das SAFS – Sociedades Anônimas de Futebol, com algumas regras de participação de Investidores.
Mesmo antes dessa aprovação, pasmem, já existia no Brasil mais de 100 Clubes-Empresa, todos pequenos e sem grife, a grande maioria focada no desenvolvimento de jovens jogadores para venda ao exterior.
Agora, os grandes clubes parecem ter despertado para a novidade e Cruzeiro, Botafogo e agora o Vasco já abraçaram o novo modelo, além de anteriormente clubes menores como o Bragantino e Cuiabá.
O que se espera de um Clube-Empresa? No mínimo, que ele seja adquirido e administrado por gente competente e que sua gestão seja parecida com a maioria das grandes empresas privadas no Brasil.
Assim, vamos esperar que acabem os modelos ultrapassados de tratar esse produto Futebol e passemos a ter Empresas de Futebol com Governança, Transparência e Profissionalismo. Nada de caixa 2, nada de apadrinhamentos e contratações suspeitas, na de intermediações fraudulentas.
Pode ser um sonho, mas talvez assim possamos voltar a brilhar no cenário mundial, tratando o Futebol como o grande negócio que ele representa.
*Hermes Ghidini – Consultor de Empresas
HL Ghidini Consultoria e Conselho de Gestão
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