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Coluna Ozinil Martins | A leniência com o errado!
04 de Setembro de 2024

Coluna Ozinil Martins | A leniência com o errado!

"Hoje existem no país, segundo dados oficiais, 72 facções criminosas em atividade"

Por Prof. Ozinil Martins de Souza 04 de Setembro de 2024 | Atualizado 04 de Setembro de 2024

Arthur Laffer dá o nome à teoria econômica chamada de Curva de Laffer. Em síntese é o aumento de impostos de forma a cobrir despesas até chegar ao “pico da curva” quando começa a ocorrer perda de receita. São os empresários tentando salvar suas empresas da ganância governamental.

Tudo indica que o novo sistema tributário, quando completamente instalado, será um dos mais altos do mundo, se não o mais alto. Mas, como o Presidente há algum tempo afirmou que os livros de economia deveriam ser postos de lado por não mais serem úteis, vamos esperar as consequências.

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Por outro lado, um ramo da economia que não para de crescer e, gerar empregos, é o crime organizado. Por omissão ou incompetência do Estado há locais em que o crime prepondera e exerce poderes que são típicos do Estado organizado. Em São Paulo onde as forças instituídas uniram-se para combatê-lo foram recentemente identificados mais de mil postos de gasolina como pertencentes a uma facção criminosa que desaguava a produção de suas usinas produtoras de álcool nestes postos; em ação policial/administrativa foram bloqueados 8 bilhões do crime organizado o que trouxe como consequência os incêndios rurais que abalaram o Estado de São Paulo. Investigações caminham neste sentido.

Hoje existem no país, segundo dados oficiais, 72 facções criminosas em atividade, inclusive, organizações internacionais que atuam na rota do tráfico de drogas e da lavagem de dinheiro.

Na semana passada em Manaus, um acidente de carro versus moto, provocou a morte do motoqueiro e, 30 outros ao tomarem conhecimento do acidente, perseguiram o motorista do carro (Uber) e o espancaram até a morte. Talvez, cansados pela incompetência do Estado, resolveram praticar justiça pelas próprias mãos o que não se justifica em nenhuma hipótese. O crime organizado, ao tomar conhecimento, divulgou sentença de morte para os motoqueiros que praticaram o ato de violência e ninguém, ninguém mesmo, coloca em dúvida que a decisão será cumprida, basta lembrar do ocorrido com o marginais que mataram os médicos em Copacabana e que foram assassinados, na sequência, pelo próprio crime organizado.

Também há que se considerar a explosão das apostas virtuais. Hoje, existem junto ao Ministério da Fazenda 108 empresas esperando para funcionar a partir de jan/2025. Como a preocupação do governo é arrecadar para fazer caixa, não interessa o que as pesquisas já concluídas mostram; famílias de baixa renda, grande contingente de apostadores, já comprometem 20% da renda em apostas. Os dados são do IBGE e XP.

Da economia ao crime organizado todos os atos praticados geram consequências. Os políticos e gestores públicos têm que entender que não existem milagres, mas trabalho e, este, necessita de definição de prioridades, planejamento, acompanhamento e conclusão. Para ter ideia do descaso com que o Estado trata a “coisa pública” existem mais de 8,6 mil obras inacabadas em todo o país; dados do TCU – Tribunal de Contas da União. E, para complicar, a nova regulação das emendas (acordo entre poderes) impede que o dinheiro seja direcionado para obras carentes de conclusão. Só para obras novas talvez para, futuramente, se transformarem em obras inacabadas.

No país do faz de conta, a realidade que se prenuncia pode ser muito dura!

Foto:Unsplash

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