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Coluna Ana Lavratti: O que fazemos bem não pode exterminar o que nos faz tão bem
16 de Julho de 2018

Coluna Ana Lavratti: O que fazemos bem não pode exterminar o que nos faz tão bem

Por Ana Lavratti 16 de Julho de 2018 | Atualizado 16 de Julho de 2018

 

Nos últimos dias, quanta alegria.

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Em cerca de um mês, convivi e aprendi com mulheres que merecem todo amor & admiração,

no café da Rede da Mulher Empreendedora, no dia 8 de junho,

aniversário do Núcleo da Mulher Empresária da Associação Empresarial de Itajaí, no dia 19 de junho,

as voluntárias do projeto Passarela Solidária, no piquenique de 5 de julho,

a imersão em Contoterapia do Instituto Ipê Roxo, nos dias 7 e 8 de julho,

a Sessão Saudade da Academia de Letras e Artes, no dia 9 de julho,

o encontro do Nosso Clube do Livro, também no dia 9,

e a reunião com palestra do LideMulher, no dia 13 de julho.

 

Ali, entre mulheres corajosas,

dispostas a empreender não importa em quantos obstáculos precisem se debater…

os filhos pequenos, pais doentes, sobrecarga indecente…

Ali, entre mulheres de sucesso,

que exalam na roupa, na bolsa e no perfume “sonhos de consumo” de mulheres mundo afora,

senti o poder impassível do feminino.

A capacidade de somar talentos, alavancar projetos, abraçar novas causas com determinação, abraçar com ternura quem precisa de atenção.

Vi bem de perto, ao vivo e a cores, 50 tons de sentimento… amparo, acolhida, torcida, mão amiga…

Mas também vi, grudada nos corpos feito pochete, a cobrança excessiva.

 

O anseio de ser a melhor mãe e ter os melhores filhos,

ser a esposa sensual de um marido ideal,

cuidar de tudo dentro de casa e também de tudo fora dela…

afinar a cintura, engordar a conta bancária…

ser engajada em projetos sociais e mais presente na vida familiar…

tomar as decisões mais difíceis e cultivar a criança interior… pegar mais sol… pular mais ondas… mas nada de burlar a qualificação permanente! Assim não há quem aguente!

OK, bem sei. A aprovação feminina se baseia no cumprir. Compromissos + compromissos encaixados, feito Lego, até que a auto-estima consegue subir. Mas a sobrevivência da mente, essa está em discernir… o querer do dever, o que preciso e o que desejo fazer.

 

Não vou mentir que foi simples, mas um dia percebi que sempre dizer “sim” reverte em “não” pra mim. E decidi que nenhuma demanda alheia seria acatada sem filtros.

Tudo é depurado e classificado: se é necessário, se me diz respeito, se é urgente, adiável ou admirável.

E com as minhas “obrigações”, não seria diferente. À medida que passei a migrar mais e mais tarefas da lista do “devo” pra lista do “quero”, constituindo um interesse genuíno por coisas que pareciam pesadas ou automatizadas, passei a honrar minhas missões com muito mais satisfação.

Por que não envolve identidades impostas, padrões dos outros ou estigmas de estrelas, mas o que verdadeiramente, voluntariamente, eu valorizo.

 

 

Ontem, domingo de Inverno, cheguei na casa da Viviane antes das 6 e meia. Ao contrário de todos os compromissos listados lá em cima, foi uma jornada de uma amiga só. Uma amiga que há 10 anos, quando nos conhecemos, só “treinava” os braços, carregando filhos no colo, e que hoje acumula troféus de corrida.

Fotografei a Vivi em abril, faturando o primeiro lugar na “nossa” categoria, e ontem de novo o melhor tempo foi o dela, entre todas as atletas quase cinquentinhas. Sabe o segredo da minha amiga campeã?

Não correr com horário marcado, transformando aquele momento tão seu e tão bom em mais um tormento carimbado na agenda. E nisso, não só acredito como pratico e indico.

Não se trata de negligenciar o que precisa ser feito, mas de encontrar um jeito

de executar o que fazemos bem sem jamais exterminar o que nos faz tão bem.

 

 

 

Para ampliar as imagens e acionar o slideshow , clique nas fotos da Galeria.

 

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