O que o Google e Youtube têm a dizer sobre a revolução da realidade virtual
28 de Outubro de 2016

O que o Google e Youtube têm a dizer sobre a revolução da realidade virtual

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Cannes 2016

Esta matéria foi produzida durante o Cannes Lions Festival realizado em junho na Riviera Francesa.

Clay Bavor, vice-presidente do departamento de Realidade Virtual do Google, conta no seminário sobre as “Aventuras de um Mundo Virtual”, o foco da empresa neste novo canal de comunicação.
 

Google Cardbox: a revolução da Realidade Virtual que iniciou recentemente
Pela primeira vez os consumidores conseguem entender e vivenciar a realidade virtual. Através da união do mobile e uma caixa de papelão, você pode sentir que pousou na lua ou conseguiu derrotar dragões num combate épico. É viajar para onde quiser e decidir o que deseja observar. As opções são infinitas. Com este novo canal de comunicação, as pessoas podem até ficar confusas e estreitar as diferenças entre realidade e ilusão.

 

A revolução deste novo formato surgiu primeiramente com o Google Cardbox, que conecta o mobile e em questões de segundos possibilita ao usuário se tele-transportar para qualquer outro lugar. A caixinha de papelão é como se fosse o prefácio de uma história em que Google acredita que deve revolucionar a indústria como um todo.

 

Num outro dia, a equipe do AcontecendoAqui esteve no Youtube Beach e participou de um fórum onde o cardboard foi considerado a melhor coisa que aconteceu no Youtube. Com o Youtube 360o as marcas podem inserir seus produtos na linha de frente para interagir com consumidores. Campanhas como “Nike Football Sunar”, “The BMW 7” e a “Your de la Botella para Coca-Cola” são alguns exemplos de ações que já foram desenvolvidas nesta plataforma.  É certo que Google e Youtube já saíram na frente na criação de parcerias com empresas que desejam criar conteúdos bem desenvolvidos através desta tecnologia.

 

A importância da adaptação do frame na linguagem virtual da publicidade
“A realidade virtual é energia do momento”, afirmou Clay Bavor. Ela é o resultado de uma nova leitura dos pixels e que ajusta a sua visão. É fazer com que você se transporte para um novo lugar e ver o mundo com uma prospectiva diferente.

O novo canal de comunicação nada mais é que uma releitura do frame. Ou seja, tudo é relacionado com o potencial do frame em realizar o engajamento com o usuário para que ele possa observar inúmeros pontos de interesse e decidir o que ele pretende se aprofundar.

 

Uma das melhores maneiras de produzir a diversão e engajar a audiência é através do exercício de nossas memórias. O genial desta experiência não é apenas a possibilidade de observar novas coisas, mas começar a fazer parte delas. “Imagine um dia você sentar na mesma sala de jantar e se imaginar tendo a mesma conversa com o seu filho que tinha há mais de 20 anos? Há muito espaço para as empresas tentarem buscar caminhos para se tornarem especiais ao consumidor neste cenário de 360o. O que será que elas podem fazer para nos trazer lembranças de pessoas importantes, eventos que não gostaríamos de esquecer ou simplesmente nos proporcionar uma boa risada?

 

História, arte e memória
O VR recém chegou e já vem sendo aperfeiçoado por diversas empresas e o Google está tão submersa no mundo virtual que já possui até um aplicativo que funciona em aparelhos certificados por ela através da plataforma Daydream, que é uma plataforma que pretende criar experiências em VR com alta qualidade ao redor do mundo.

 

O Daydream facilita a entrada dos consumidores neste mundo virtual, mas não é apenas isso. Esta é a aposta do Google num ambiente mais complexo para fazer com que consumidores possam vivenciar a realidade através de produtos e serviços oferecidos por anunciantes.

 

O pincel, que é uma nova ferramenta para agregar mais experiências no mundo virtual, permite que as suas ações sejam cada vez mais intuitivas. “Não seria genial se pudéssemos resolver nossos problemas profissionais vivendo as situações através da imaginação de uma criança?”, ressaltou o animador Glen Keane, que também dividiu o palco neste seminário.

 

Marcas precisam criar o divertimento
É tudo uma questão de acreditar e tornar possível o que até então era impossível. É como o conto de fadas da sereia que queria muito se tornar um ser humano. A ideia principal é de criar vida junto com a comunicação para produzir emoções. “O melhor de tudo é que as pessoas tendem a acreditar no mundo que você criou”, ressaltou Glen Kean após usar um pincel para desenhar uma sereia no palco e dar vida a ela e projetado no mundo da realidade virtual.

 

A ferramenta também permite você vivenciar outros tipos de emoções, como realizar uma virtual experiência dentro de uma solitária de 6×9 numa prisão para entrar dentro de uma história do documentário realizado pelo jornal britânico “The Guardian”.  As possibilidades são de fato infinitas, permitindo que diferentes tipos de públicos podem fazer suas escolhas.

 

A solução para o botão “pule este anúncio”
A realidade virtual surge para revolucionar a comunicação através do mundo digital. Agora, a missão das marcas é de criar um conteúdo tão atraente e inovador para evitar a fuga do consumidor em suas ações. O caminho da realidade virtual é permitir com que as pessoas comecem a se divertir com a sua marca e ter o desejo de explorá-la.

 

Ao invés de pedirem para pular o seu anúncio elas vão pedir mais para vivenciá-las e participar de novas experiência. É o momento que elas comecem a observar esta tendência e iniciem logo a participarem da conversação com um storytelling dedicado ao universo 360o