“O Google exerce um monopólio ilegal sobre aspectos-chave da tecnologia de publicidade online”, foi o que afirmou a justiça dos Estados Unidos, de acordo com informações do Marketing Dive.
A ação contra a empresa de tecnologia teve a sua concentração no fato que o Google tem o domínio de três pontos importantes. São eles: “redes de publicidade gráfica, ferramentas para editores e bolsas de anúncios”.
Com isso, o Google tem violado a lei “nas duas últimas categorias, com base nas Seções 1 e 2 da Lei Sherman”, explicou a publicação.
A decisão veio da juíza Leonie Brinkema, da Virgínia, Estados Unidos, e o julgamento aconteceu após três semanas e traz um apoio ao Departamento de Justiça com o objetivo de ter o controle do poder que o Google tem quando olhamos para a publicidade digital.
“Brinkema, em um parecer de 115 páginas, descreveu como o Google conseguiu combinar sua força em servidores de anúncios de editores e bolsas de anúncios por meio da integração de políticas e tecnologias, ‘o que permitiu à empresa estabelecer e proteger seu poder de monopólio nesses dois mercados'”, disse o Marketing Dive.
Para justiça dos Estados Unidos, o Google monopoliza a publicidade na internet
“O Google consolidou ainda mais seu poder de monopólio ao impor políticas anticompetitivas aos seus clientes e eliminar recursos desejáveis dos produtos”, continuou Brinkema. “Além de privar os rivais da capacidade de competir, essa conduta excludente prejudicou substancialmente os clientes editores do Google, o processo competitivo e, em última análise, os consumidores de informações na web aberta”.
No mês de agosto de 2024, o Google já havia sido acusado de monopólio. Na época, a empresa recorreu à decisão com o argumento de que ele era muito popular no mercado de buscas e navegadores.
“Vencemos metade deste caso e recorreremos da outra metade”, disse Lee-Anne Mulholland, vice-presidente de assuntos regulatórios do Google, em um comunicado por e-mail, de acordo com informações do Marketing Dive. “O Tribunal considerou que nossas ferramentas para anunciantes e nossas aquisições, como a DoubleClick, não prejudicam a concorrência. Discordamos da decisão do Tribunal em relação às nossas ferramentas para editores. Os editores têm muitas opções e escolhem o Google porque nossas ferramentas de tecnologia de anúncios são simples, acessíveis e eficazes.”
Vale lembrar que o Google não é o único que está na mira da regulamentação. De acordo com a publicação, a Meta Platforms também tem um julgamento previsto para este mês de abril, nos Estados Unidos.
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