O futuro se constrói! Ele não surge do nada. É pensado e planejado por governos, em todas suas esferas, visando o bem da população. E, sempre passa pelo processo educacional a que são submetidos os jovens dos países preocupados em construir uma condição de vida melhor para seus cidadãos.
No outro lado da moeda existem os países que, sem se esforçar, destroem todos os esforços realizados para desenvolver seus povos. Exemplos existem que mostram como isto acontece; Venezuela, país detentor das maiores reservas de petróleo do mundo, Cuba, a idílica ilha caribenha, que já foi o país mais desenvolvido das Américas e, fazendo contraponto, a Polônia, recuperada após anos de regime totalitário e castrador de sonhos, se transformando em um dos países mais desenvolvidos da Europa, são exemplos de construção de futuros para o mal ou para o bem.
A China, país de governo totalitário e partido único decidiu que seria, ao longo do tempo, a maior economia do mundo, o passo inicial foi investir pesadamente em Educação e os resultados já se fazem sentir. A China está colocando em cheque toda a estrutura industrial do mundo. A indústria automobilística é a mais afetada com a invasão de carros elétricos chineses; agora, o mundo toma conhecimento de que a China pretende produzir energia elétrica a partir do espaço. Dados de 2023 mostram que a China tem, quase, 50 milhões de estudantes universitários e forma 1,4 milhão de engenheiros por ano.
A Índia, país que tem crescido a taxas elevadas nos últimos anos, tem feito a diferença na área de Tecnologia da Informação, atraindo as grandes empresas do mundo para atuarem em terras hindus. A Índia forma 200 mil profissionais de TI por ano.
O argumento de que são países com grandes populações, a China com 1.300 milhão de habitantes e a Índia com 1.400, é verdade, mas vamos ao exemplo de um pequeno país; Coreia do Sul, que assumiu como prioridade a Educação quando encerrada a guerra com a Coreia do Norte e, tem uma população de 52 milhões de habitantes (2023) possui 70% da sua população com curso superior e tem 82% dos jovens, em idade universitária, dentro das Universidades. Não é atoa que você, provavelmente, já usou ou usa um produto desenvolvido neste país.
Enquanto isto, em certo país ao sul do Equador, 18,4% da população tem curso superior, 10 milhões de estudantes cursam Universidades, 54,5% da população tem Ensino Médio. São 40 mil engenheiros formados por ano, mais de 100 mil bacharéis de Direito, mais de 124 mil formados em Pedagogia e 53 mil formados em TI. Sem citar as desistências que são assustadoras no Ensino Médio (9 milhões de jovens não terminaram o Ensino Médio em 2023) e da péssima qualidade do ensino no geral.
Se o que acontece na Educação é fortuito ou planejado os leitores desta simples coluna decidirão, mas com 20 milhões de famílias (aproximadamente 60 milhões de pessoas) dependendo do Bolsa Família, podemos presumir que são pessoas desqualificadas para o mercado de trabalho atual, com 7% da população acima de 15 anos sem saber ler, escrever e as operações básicas de aritmética e com 30% da população entre 15 e 64 anos classificados como analfabetos funcionais parece que o futuro está, significativamente, comprometido. Sem considerar os indicadores que indicam regressão no quociente de inteligência do jovem brasileiro. Como diria Júlio César ao atravessar o Rubicão em direção às Gálias – “Alea jacta est!”
“Uma pessoa inteligente resolve o problema, um sábio o previne.” Einstein.
Foto:Unsplash