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Professor Clóvis de Barros encerra Fórum de Desenvolvimento e Inovação do SBT-SC em Lages
27 de Agosto de 2014

Professor Clóvis de Barros encerra Fórum de Desenvolvimento e Inovação do SBT-SC em Lages

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Um público de 1.100 pessoas transitou ontem à tarde, dia 26 de agosto, no Fórum de Desenvolvimento e Inovação de SC, promovido pelo SBT-SC e pela Fundação Carlos Joffre do Amaral, com várias parcerias e apoios e realizado no Centro Serra, em Lages. No começo da tarde e nas palestras técnicas (case Imaginarium e apresentações da Fundação Dom Cabral, Sebrae, SENAC e Endeavour), o público predominante foram jovens estudantes de nível superior. Já na palestra de encerramento, com o professor da USP (Doutor em Direito e em Comunicação) Clóvis de Barros Filho, o número de empresários, gestores de empresas e profissionais liberais surpreendeu.

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De acordo com Roberto Dimas Ribeiro do Amaral (Beto), Vice-Presidente de Produto do SCC, “o evento foi coroado de êxito”, disse. “As pessoas que lá estiveram saíram com inúmeras informações e conhecimentos sobre os assuntos debatidos e aprofundados. E hoje informação é um dos pressupostos do sucesso na vida pessoal e profissional”, argumentou. Beto também destacou o alto nível dos palestrantes. E avaliou a explanação final, com o tema “Permanência e Inovação” (proferida pelo Professor Dr. Clóvis) como “simplesmente sensacional”. Beto informou que com o evento realizado em Lages, já são três os Fóruns do gênero realizados neste ano pelo SBT em Santa Catarina. “E ainda teremos eventos em Joinville, Chapecó e Criciúma”, lembrou.

No final do Fórum, o público presente teve uma oportunidade ímpar de ouvir o Professor Dr. Clóvis de Barros Filho. Falando de forma bastante vibrante, e sem utilizar qualquer outro instrumental tecnológico senão os próprios conhecimentos, ele falou sobre um assunto sério. Mas arrancou muitas risadas com seus exemplos, descrição de situações hilariantes e principalmente palavrões bem humorados. Clóvis abordou os referenciais teóricos para explicar a questão do que caracteriza, em última análise, a inovação e a permanência (contrário da inovação).

Com base nas ideias dos pensadores Aristóteles (2 mil anos antes de Cristo), Jesus de Nazaré (que com seu nascimento fez zerar o calendário da humanidade ocidental), Spinoza (início do século XVII) e Jean Jacques Rousseau (1.789 – Revolução Francesa), Clóvis traçou um perfil do que significa inovação. Em síntese, falou que o homem cria algo novo já que nasceu provido de cérebro (neurônios) e tem uma estrutura física bastante frágil quando comparada a outros animais, por exemplo. “O gato nasceu gato, tem instintos de gato. Vai se comportar e ser gato para o resto da vida. E inclusive seu corpo (do gato) já tem o necessário e fundamental para que ele nasça, cresça e viva até a morte. Já o homem não terá o mesmo comportamento do nascimento até a morte. Ele vai criar, inventar, buscar novas formas de tornar sua vida menos difícil, mais feliz e prazerosa”, argumentou.

Clóvis disse que Aristóteles falava que o homem criava buscando a excelência nas coisas (tornar o mundo melhor do que já era para ele próprio). Jesus Cristo (talvez o pensador com a maior influência até hoje na humanidade) acrescentou um motivo a mais para justificar a criação e ação humanas: o amor ao próximo (o sentido da vida e da realização seria o amor ao próximo). Spinoza colocou a questão da “potência de agir” (alegria). Ou seja, quanto mais potência de agir, mais vivo, criativo e feliz estará o ser humano. O contrário da potência de agir é a fraqueza (a morte seria a falta total de potência). Por fim, Rousseau colocou a questão da liberdade como fator preponderante da criação. Ou seja, o homem só cria algo porque não segue um determinismo biológico (como os animais, por exemplo). O homem é livre e pode inventar, melhorar o seu mundo. “O pássaro não é livre para voar. Ele é obrigado a voar. Faz parte da sua natureza. Mas o homem não. O homem pode caminhar, inventar o avião, o automóvel, o iate. E ele faz isso porque é livre. Pode escolher e inventar”, exemplificou.

Por fim, Clóvis disse: “A tecnologia só é boa quando permitir um novo instante de felicidade, o que está acontecendo comigo aqui falando para vocês naquilo que eu acredito e naquilo que sou”.

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