A empresa de móveis Alezzia entrou em uma polêmica na última quinta-feira (16), ao ser alvo de publicações nas redes sociais que versavam sobre a marca ter posicionamento machismo por divulgar anúncios de seus produtos com uma modelo de biquini e o problema passou a ser discutido no campo gênero na internet. Mas a polêmica maior foi uma publicação no Facebook de autoria da internauta Bruna Bones com registros de comentários de mulheres e respostas da empresa. Bruna descreveu que:um funcionário da empresa teria feito um comentário na plataforma Behance Brasil dizendo que as mulheres não eram boas designers. Como resultado, a marca começou a receber avaliações negativas em sua página no Facebook. Bruna destacou no texto que, em resposta, a empresa comentou as avaliações de forma sarcástica, desrespeitando as mulheres, e a jovem contestou dizendo que ia repercutir que a empresa compactua com valores machistas e retrógrados.
A reação da Alezzia foi criar um desafio social: se a jovem conseguir baixar a nota da empresa no Facebook para 1.1 até janeiro de 2017 irá ganhar um cupom de R$ 10 mil para gastar na loja virtual da marca, caso contrário, a instituição AACD São Paulo receberá um cupom de R$ 5 mil. E se na data a avaliação estiver acima de 4 a AACD ganhará um cupom de R$ 10 mil. Caso a avaliação chegue a 4,6, a AACD vai receber uma cadeira de banho desenvolvida pela marca no valor de R$ 22 mil.
O desafio gerou mais polêmica e comentários pela internet. No momento, a empresa recebeu mais de 139 mil avaliações, somando 2,5 no total das 5 estrelas do Facebook. A publicação de Bruna Bones com sua versão da história já recebeu 12 mil reações – com, no momento, 8,1 mil ‘curtir’ e 3,2 mil ‘Grr’ -, mais de 9.300 compartilhamentos e 6,5 mil comentários.
A Redação do AcontecendoAqui entrou em contato com a Alezzia para ententer o lado da empresa. Alegando que tudo começou com um mal entendido, a representante da Alezzia disse que o comentário de seu funcionário na plataforma Behance foi mal interpretado. Na publicação ele reclamava não conseguir contratar uma Designer com boa qualificação profissional – e não por ser mulher. A empresa destacou que a maior parte de sua equipe, cerca de 70% de seu quadro, é composta por mulheres, contestando a afirmação nos comentários da rede social de que a empresa é só de homens.
A representante da Alezzia reforçou ainda que a empresa não tem vínculo com a AACD e a escolha da instituição foi feita pela seriedade da mesma.
Confira aqui as avaliações da empresa no Facebook e abaixo as publicação que deram início à polêmica.