Na última quinta-feira, 01/03, as ações do Grupo WPP tiveram a pior queda desde 1999: 14%. Segundo noticiado pelo PropMark, a queda das ações ocorreu na sequência do pronunciamento do CEO Martin Sorrell afirmando que a holding dona de agências mundo à fora como Y&R, Ogilvy, Grey e J. Walter Thompson não terá crescimento neste ano. Estima-se que as agências do WPP nop Brasil detenham 24% do bolo publicitário.
Receitas de longo prazo
Sorrell previu ainda que o crescimento de longo-prazo das receitas do grupo deverão ficar entre 5% e 10%, contra previsões anteriores de 15%. Em 2017, as receitas do grupo tiveram queda de 0,9%, com queda mais acentuada, de 1,3%, no último trimestre do ano. Regiões como a América do Norte e Europa tiveram forte retração para os negócios do WPP. Uma série de fatores ocasionaram na queda do valor do WPP, que afetou, inclusive, ações dos concorrentes Omnicom, Interpublic e Publicis, sendo que o último desvalorizou mais de 6%. Alguns deles são o corte de verba em publicidade digital de grandes clientes como Unilever e P&G.
Postura de Google e Facebook supreende
As gigantes da mídia digital, Google e Facebook, estariam conversando diretamente com os anunciantes e deixando de lado as agências intermediárias, o que estaria gerando em alguns casos a internalização da publicidade.
A tendência, diante dos resultados, é que o WPP continue consolidando algumas agências – nesta semana, houve a fusão das empresas de relações públicas Burson e Cohn & Wolfe, o que criou a Burson Cohn & Wolfe. Outras mudanças recentes foram a fusão das agências de mídia MEC e Maxus, e o estabelecimento da Superunion, que unificou as operações de branding, informou o PropMark.