A montadora General Motors está gerando insights profundos sobre como os consumidores ouvem o rádio em seus carros, indicando que os veículos com recursos digitais podem fornecer uma nova perspectiva ao meio rádio.
Saejin Park, diretor de transformação digital global da General Motors, discutiu esse assunto na Conferência de Dados e Medição da Associação dos Anunciantes Nacionais (ANA).
Graças ao WiFi 4G LTE, instalado em cerca de dez milhões de veículos da GM, ele pode fornecer aos motoristas informações úteis sobre assuntos como velocidade, consumo de gás e pressão dos pneus, além de coletar insights sobre seus hábitos de audição de áudio. “A indústria de rádio e a indústria automotiva sempre estiveram lado a lado. Mas, na verdade, não houve muita interação entre os dois”, disse Park.
Como funciona
Ao combinar feeds de áudio de AM, FM e XM digital, a empresa automotiva com sede em Detroit espera usar e alinhar as faixas de rádio com o comportamento do consumidor. Com testes em Los Angeles e Chicago – e um opt-in de proprietários de carros – “decidimos coletar os dados de audição de rádio em 90.000 veículos”, relatou Park. “Podemos dizer se eles ouviram até o fim. Ou, no meio do comercial, eles mudaram para outra estação”, acrescentou ela, ilustrando os tipos de resultados gerados por este teste.
O experimento durou de novembro de 2017 a janeiro de 2018. Mostrou, por exemplo, que placas de identificação diferentes podem estar associadas a um determinado perfil comportamental psicológico.
Como Park explicou, o dono de um Cadillac Escalade “pode estar mais propenso a ouvir 101,5. Mas alguém poderia estar dirigindo um GMC Yukon – veículo do mesmo tamanho, mas uma marca diferente – teria mais chances de ouvir 101.1. “E você pode começar a testar isso enviando-lhes diferentes tipos de publicidade para ver algum tipo de comportamento nos padrões de audição.”
As descobertas dessa análise de dados podem funcionar rapidamente no ecossistema de marketing da GM. “É natural para nós alcançar nossos amigos no Cadillac ou Chevrolet”, disse Park.
E os aplicativos podem ser executados ainda mais. “Estamos procurando maneiras de usar esses tipos de conjuntos de dados. É um problema complexo e complicado e não sei qual é a resposta. Mas a GM está realmente interessada em descobrir qual seria o caminho potencial ”, acrescentou a executiva.
Oriundo do WARC
