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‘7 Perguntas Para’ Rogério Alves, Diretor de Criação do Ano no 6º Prêmio Catarinense de Propaganda
11 de Dezembro de 2012

‘7 Perguntas Para’ Rogério Alves, Diretor de Criação do Ano no 6º Prêmio Catarinense de Propaganda

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Entrevistamos Rogério Alves, diretor de criação e sócio da Propague, agência que completa 50 anos de atividades em 2012, o que a classifica como a segunda mais antiga do País. No último dia 7 de dezembro a agência conquistou os principais prêmios do 6º Prêmio Catarinense de Propaganda e o AcontecendoAqui registra aqui a conversa que teve com o DC do Ano.

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AcontecendoAqui – A Propague é a agência mais criativa de Santa Catarina no momento?

Rogério Alves – Eu acredito que essa é uma pergunta que o Prêmio Catarinense responde por mim. Foi um prêmio realizado pelo Clube de Criação, julgado por criativos de destaque em mercados maiores que o nosso, e que teve como objetivo reconhecer e premiar os trabalhos mais criativos. Logo, eu acredito que sim, a Propague é no momento a agência mais criativa de Santa Catarina. Mas eu também acredito que existem outras agências muito criativas no mercado. O nível é muito equilibrado, e o fato de termos ganho mais medalhas, de nossas peças terem sido melhor avaliadas, não faz com que as outras agências sejam menos criativas.

Mas tem uma coisa que a gente precisa reconhecer em relação a essa questão de criatividade: uma agência não consegue se destacar criativamente apenas com uma boa equipe de criação. Se o atendimento não tiver este foco, se a mídia, a produção, se a direção da agência não tiver a compreensão de que um trabalho criativo gera mais resultados, os caras lá da criação podem ser os melhores do mundo mas não vão conseguir desenvolver um bom trabalho. Isso passa inclusive, e principalmente, pela visão dos clientes. Se eles não entenderem que uma comunicação criativa gera melhores resultados, não adianta a agência ficar dando soco em ponta de faca. Tem agências que não prezam por isso, tem clientes que não acham tão importante, e eu respeito essa posição. Mas eu acredito na força das boas idéias, acho que elas impactam mais, geram mais recall, conquistam os consumidores, aumentam as vendas, resolvem muito melhor as necessidades dos clientes. Nós temos essa crença aqui na Propague, e temos clientes que enxergam dessa mesma forma. É esse alinhamento de propostas e de expectativas que faz da Propague uma agência criativa. Hoje ela é a mais criativa, amanhã pode ser a segunda, depois pode voltar a ser a primeira, esse ranking não é tão importante. O importante é sempre buscar desenvolver um trabalho criativo e impactante para nossos clientes.

 

AcontecendoAqui – Você tornou-se sócio da Propague em 2007 e, no momento em que anunciava sua chegada, Roberto Costa declarou que você era um dos melhores criativos do Brasil. Você se considera componente dessa elite?

R.A. – O engraçado é que quando eu saí da Propague, em 2003, ele usava outro superlativo a meu respeito. Mas esse é o Roberto, um cara que quando gosta de alguém, esse alguém é o melhor do Brasil, do mundo, do universo. Eu não me coloco em nenhum grupo de elite do Brasil. Acho que isso é uma forma publicitária que o Roberto encontrou pra valorizar uma área da agência que, durante um breve período, esteve fragilizado, e que nós conseguimos fortalecer.

 

AcontecendoAqui – Você tem na equipe nomes de grande experiência na área. Comente sobre seu time e como você dirige os trabalhos para eles.

R.A. – Nosso time passou por mudanças nos últimos meses. Algumas vagas ainda estão em aberto, e outras foram criadas com a chegada de novos clientes. Então eu tenho uma equipe ainda em formação embora, como você mesmo colocou, a gente tenha profissionais muito qualificados trabalhando conosco. Hoje nós temos o Rodrigo Ramgrab, que já foi diretor de criação, já trabalhou em agências importantes daqui e de Porto Alegre, já foi finalista em Cannes e tem um portfolio premiadíssimo. Em breve vai começar conosco um diretor de arte que também tem um trabalho excelente, já foi pra Archive, já passou por grandes agências, já atendeu clientes de praticamente todos os segmentos no nosso mercado, e que vai assumir a supervisão de criação da Propague. Temos também o Gilberto Cunha, diretor de arte do ano, que foi meu dupla durante uns trezentos e dezessete anos, e que saiu recentemente da agência, mas daqui a pouco ele sente saudades e volta pra cá. E falando em voltar pra cá, quero aproveitar e mandar um recado a um profissional muito talentoso que saiu recentemente da Propague, mas eu sei que a Propague não saiu dele: volta pra casa, The Thunder.

Enfim, além destes que eu citei, temos muitos outros profissionais talentosos que em breve vão estar criando macacos pelas prateleiras aqui da Propague.

Sobre como eu dirijo os trabalhos, não tem um formato definido. Depende do job, do cliente e também do estilo de cada dupla. Mas, basicamente, eu gosto de me reunir com eles durante o brainstorm e participar da criação. Não é muito o meu estilo ficar apenas dirigindo, supervisionando. Eu gosto de botar a mão na massa, de pedalar junto, de ajudar a encontrar o caminho. Essa é a parte interessante da minha profissão, é isso o que eu queria fazer quando entrei para a publicidade. Eu acredito em brainstorms, e sempre que posso estou dentro de um.

 

AcontecendoAqui – Na última sexta-feira a Propague consagrou-se como a melhor agência de Santa Catarina na avaliação dos jurados do 6º Prêmio Catarinense de Propaganda. Você esperava vencer em todas as categorias onde ganhou?

R.A. – Eu tinha muita fé na campanha da CowParade. Nós sabíamos que ela era uma forte candidata ao Grand Prix, tanto as peças de TV quanto as de jornal. Mas esse era o único macaco que eu tinha muita confiança em conquistar. Já nas outras categorias, não dava pra imaginar o resultado, porque a gente não conhecia os trabalhos concorrentes. Aliás, a gente continua não conhecendo, e os concorrentes provavelmente ainda não conhecem os nossos. Isso eu achei que ficou faltando na festa do prêmio, a apresentação das peças premiadas no telão. Imagino que o número de prêmios tenha impossibilitado essa apresentação. Quem sabe agora o AcontecendoAqui publica esses trabalhos?

 

AcontecendoAqui – Na sua opinião, a quantidade de classificados no shortlist não foi exagerada? E por que 196 peças receberam o Troféu Macaco?

R.A. – Acho que foi um número exagerado, sim. Foi um longlist. Mas tudo é uma consequência direta do regulamento. Esse é o ônus de ter um júri que não se reúne, votando online. Eles não deliberam, ninguém diz “Peraí, gente. Tem peça demais aqui, vamos dar uma peneirada”, além de outros ajustes que um júri reunido poderia ter feito.

Acho que o regulamento precisa ser revisto para a próxima edição, caso o júri continue online. Eu sei o quanto é fácil falar estando de fora, e o quanto é difícil fazer. Já vivi os dois lados da vidraça, e posso garantir que é muito mais confortável estar do lado de fora.

 

AcontecendoAqui – Além dos prêmios regionais, existe comprometimento da agência com inscrições em prêmios internacionais? Você vai inscrever o Grand Prix em Cannes?

R.A. – Nós já participamos mais ativamente de premiações internacionais. Até hoje, se eu não me engano, a Propague é a única agência catarinense a ter conquistado medalhas no New York Festivals. Foram três medalhas: duas de bronze e uma de prata, em três edições. Já fomos finalistas por duas vezes no London Awards. E de vez em quando, se a gente acha que tem alguma mínima chance, a gente inscreve alguma coisa em Cannes. Foi o caso da CowParade, que inscrevemos no ano passado mas acabou não tendo sucesso.

A partir de 2013, pretendemos voltar a participar destes prêmios com mais ênfase. Isso estimula a equipe, e consequentemente permite que a Propague entregue um trabalho melhor para seus clientes. Esse é o verdadeiro comprometimento. Não com inscrições, mas com a qualidade criativa do nosso trabalho.

 

AcontecendoAqui – A Propague acabou de conquistar a conta da Marisol, importante anunciante que estava sendo atendido por agências de outros estados. Além desse desafio, quais os outros que a agência tem para o próximo ano?

R.A. – A Marisol não é um desafio, são seis. Vamos trabalhar a comunicação de Lilica, Tigor, Mineral, Marisol, Marisol S.A e One Store Marisol. A expectativa deles é muito grande, e a nossa vontade de superar essa expectativa é ainda maior. Nós formatamos uma equipe específica para conduzir esta conta. Trouxemos profissionais com experiência em varejo, moda, design, e estamos reforçando o planejamento e o atendimento para que esta nova conta represente um novo momento na história da Propague.

Mas os demais clientes não deixam de ser também um grande desafio para 2013. Tudo indica que o próximo ano vai ser difícil, a gente não pode sonhar que a economia do planeta não influencie a economia do Brasil. Estes clientes vão precisar de soluções criativas, que ajudem a gerar negócios, alavancar vendas, reforçar a presença no mercado. E a Propague está preparada para dar esse respaldo. Nós temos núcleos estruturados e com experiência para entregar soluções em Promoção, Eventos, Web, temos um núcleo de análise de tendências, um departamento de Planejamento e, modéstia à parte, uma equipe de criação que não deixa nada a desejar. Que venga el toro.

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