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Varejo pós pandemia. Tendências no Setor. por Elizeu Lima
15 de Setembro de 2020

Varejo pós pandemia. Tendências no Setor. por Elizeu Lima

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por Elizeu Lima*
 

O Varejo foi profundamente afetado em suas vendas na Pandemia Covid 19, e dentre seus segmentos, o de roupas foi provavelmente o que mais sofreu, especialmente porque o grande volume de suas vendas são originadas em Lojas físicas em shoppings centers que estão fechados por mais de 4 meses, em fase de reabertura agora em agosto, mas ainda timidamente e com retrocessos.

Muitas redes e marcas, ainda incipientes na venda pela internet, tiveram que se reinventar e rapidamente buscar esse canal de venda, se comunicar via mídia social, mas pela falta de experiência e muitas vezes de capital não obtiveram o sucesso esperado.

Assim caiu o volume e a frequência de compra om efeitos devastadores no segmento. Apenas 37% compraram roupas e acessórios durante a pandemia, especialmente porque mudou a relação na forma como se vestem, buscando mais conforto e praticidade em detrimento do estilo.

Se antes da pandemia 67% buscavam compras de roupas em lojas físicas, essa proporção mudou. Ademais, a queda de renda afetará substancialmente o consumo desses itens até final desse ano. Varejistas se movimentam para fazer a Black Friday em setembro/20 visando dar algum folego para aguentar até o Natal.

Em relação ao varejo haverá por certa consolidação do rápido crescimento de novos hábitos de consumo como por exemplo compra pela internet, e as empresas devem estar atentas a isso efetivando investimentos em tecnologias para simplificar o processo de escolha e criando um ambiente de novas experiências de compra de roupas pela Internet, bastante usual no exterior.

Redes menores atuam individualmente na internet e a tendência será atuarem através de marketplaces com maior penetração, entretanto as grandes e poderosas redes como Riachuelo, C@A, Zara e outras estarão buscando cada vez mais expandirem esse mercado online.

No Brasil roupas, calçados e beleza tinham em 2010 cerca de 11% do volume de 85 bilhões de vendas pela Internet, devendo chegar a 21% em 2021, crescimento de 100%.

Esse crescimento é bastante sintomático, indicando que dogmas de que o cliente precisa tocar o tecido, provar e se ver nos mínimos detalhes serão substituídos pela praticidade do uso da internet.

Antecipando-se a essa mudança de perfil de compra as empresas devem investir nessa relação com sua clientela, implementando mudanças significativas na forma como administram suas plataformas de e-commerce, criando atrativos com base em tecnologias que facilitem a compra.

As Empresas devem implementar soluções simples como FAQ ou mais elaboradas como chatbots, criando uma relação de satisfação nessa experiência de tal forma que possa catalisar a atenção, motivar que o cliente compre e que volte a comprar na sua Loja virtual; devem simplificar processos de escolhas, de relações com as tecnologias e pagamentos e principalmente confiar no seu cliente.

Loja física não deixará de existir, mas será entendida como ponto de lazer e compra e ponto de encontro, complementando sua experiência online numa verdadeira relação omnichannel com verdadeira integração entre todos os canais de comunicação para trazer resultados mais efetivos.

Nada disso terá significação se não tiver uma excelente logística de entrega, pois receber o produto na hora certa, da forma que pediu e com o custo adequado e que fara o  cliente voltar a comprar.


*Elizeu Lima –
 Larga experiência em gestão, reestruturação de empresas e M&A.
Ocupou funções de CEO em grandes empresas, varejo e indústria.
Conferencista internacional e Conselheiro de Empresas.

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