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As perspectivas para quem quer investir na bolsa de valores
05 de Fevereiro de 2021

As perspectivas para quem quer investir na bolsa de valores

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Por Coluna Economia 05 de Fevereiro de 2021 | Atualizado 05 de Fevereiro de 2021

 

por Jean Ribeiro* 
 

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O ano que passou trouxe um grande aprendizado para os investidores na bolsa de valores. As projeções eram de que seria um ano de retomada após 2019. Quando ultrapassamos a barreira da reforma da Previdência, percebemos a oportunidade de sair da trajetória do rombo fiscal para o qual o país se encaminhava, mas a pandemia veio para frustrar todas as expectativas e, inclusive, colocar em risco a saúde de todos.

O índice Ibovespa, carteira teórica das ações mais negociadas na bolsa, fechou 2020 de um jeito que nem o investidor mais otimista poderia imaginar quando toda essa crise do novo coronavírus começou, lá em março. Despencou 47% em exatos dois meses. Em meados de janeiro de 2020, o índice estava na casa dos 119.527 pontos, maior patamar visto até então, e no dia 23 de março, ele atingiu 63.569 pontos, queda expressiva que fez muitos investidores entrarem em pânico.

Com medo de terem maiores prejuízos, muitos pediram resgate dos fundos e venderam as posições com o receio de que a queda pudesse ser ainda maior. Mas a paciência acabou premiando aqueles investidores que resistiram e que, principalmente, controlaram a ansiedade. Em 30 de dezembro, o Ibovespa encerrou o ano com a pontuação em 119.017 pontos, praticamente recuperado.

2021 iniciou com otimismo

Em 8 de janeiro de 2021, o Ibovespa bateu a marca histórica dos 125 mil pontos devido à euforia da aprovação das vacinas e o início da imunização da população mundial. O otimismo com a reabertura e a recuperação da economia global fez investidores voltarem às compras, e aqui no Brasil continuamos a ver um movimento forte de entrada dos investidores estrangeiros, que aproveitam para adquirir papéis de empresas ligadas ao setor de ciclos econômicos, como o caso de commodities, e a tendência é de que esse movimento continue com a abundância de dólares injetados na economia americana.

Janeiro de emoções

Mas para quem achou que com o início de janeiro com a bolsa batendo recorde não teríamos emoções como em 2020, se enganou. 2021 já mostrou que será um ano com bastante volatilidade, porque muitas incertezas pairam no ar, principalmente quando os holofotes são direcionados para a economia brasileira. Há a preocupação com a velocidade de imunização da população, que pode atrasar o processo de recuperação econômica e forçar o governo a manter a política de auxilio emergencial. Isso traz receio ao mercado, porque o País ainda está em uma situação fiscal debilitada.

 

Mais brasileiros na bolsa

De toda forma, o investidor brasileiro continua o movimento de entrada na bolsa de valores, enfrentando risco e volatilidade em troca de retornos mais atraentes, já que o conforto da renda fixa já não é mais tão confortável como era antigamente.  Em 2020, mesmo com toda a crise instalada, batemos a marca de 3 milhões de brasileiros que entraram neste mercado, mas esse número fica irrisório quando comparamos a outras economias como por exemplo, os Estados Unidos.

 

Brasil x EUA na bolsa

São mais de 230 milhões de americanos que investem na bolsa de valores, ou seja, mais do que a população do Brasil. Com essa informação, temos a certeza de que há uma diferença cultural grande entre esses dois países quando o assunto é investimentos. Aqui no Brasil, carregamos um DNA inflacionário, porque sempre convivemos com altas taxas de juros e isso tornou o brasileiro um investidor rentista, colocando suas economias nos CDBs da vida e ganhando em média 1% ao mês sem correr grandes riscos.

 

Busca por educação financeira

Essa realidade felizmente mudou. Com a Selic em 2% ao ano, o brasileiro se viu obrigado a investir na economia real: investem em ações de outras empresas, ou abrem o próprio negócio, empreendem. Além disso, o investidor brasileiro se mostrou mais ávido pela busca de conhecimento, querendo entender melhor como investir seu patrimônio e rentabilizá-lo da melhor forma possível.

 

O risco dos cursos que prometem milagre

Na busca por conhecimento, o investidor se depara com outro risco tão alto quanto investir na bolsa: as propagandas enganosas de cursos que prometem um rápido aprendizado e ganhos extraordinários em pouco tempo. Aqui fica um alerta para o leitor desse artigo para que antes de comprar algum curso ou seguir conselhos de “profissionais”, busque primeiramente conhecer a reputação desta pessoa, saber há quanto tempo atuam no mercado, suas experiências em relação ao serviço que ele está vendendo. Desconfie se eles oferecerem retorno rápido e garantido nos investimentos, pois grandes investidores como Warren Buffet, George Soros e Ray Dalio, por exemplo, levaram anos para formarem as suas fortunas.    

 

Investir na bolsa exige tempo e dedicação

Ganhar dinheiro com investimentos financeiros por conta própria é um negócio chato, que vai exigir tempo e muita dedicação. Caso não tenha tempo e muito menos paciência para estudar e entender as formas de investir seu patrimônio, procure uma assessoria especializada. Dessa forma, você terá um apoio profissional para te ajudar a tomar as melhores decisões.

 


Jean Ribeiro

Jean Felipe Ribeiro é de Florianópolis, formado em Administração e pós-graduado em Gestão Financeira com Ênfase em Custos e Resultados. É sócio e assessor da SIGLO Investimentos, escritório credenciado XP. Antes de realizar seu sonho profissional e de abrir o escritório, cuja matriz é em Florianópolis, atuou por mais de 12 anos de experiência em grandes instituições financeiras como os bancos Unibanco, Itaú, Real e Santander. Possui certificado CPA 20 e Ancord. 

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