Um dos erros da publicidade digital é acreditar que elevadas taxas de viewability garantem mais engajamento. Isso porquê, segundo uma pesquisa realizada pela Outbrain com 1007 consumidores, 59% deles não conseguem se lembrar das marcas de anúncios considerados “visíveis” de acordo com os padrões do setor.
Empresas que quebram ou interrompem a atividade do usuário on-line, por exemplo, são vistas de maneira negativa por 89% dos entrevistados. Mensagens pop-ups (47%), reprodução automática de vídeo com som (40%) e reprodução automática de vídeo sem som (33%) são considerados os formatos mais irritantes por não oferecerem uma opção de engajamento uma vez que são executados sem qualquer permissão.
Em contrapartida, vídeos reproduzidos a partir de um clique são considerados os menos invasivos em todas as categorias de publicidade em vídeo e, em união com o formato nativo, pode criar uma experiência positiva, que não interrompe o usuário.
Outro ponto a ser considerado é a relevância. Se o produto é relevante para o consumidor, quase metade dos entrevistados (48%) tendem a lembrar a marca.
Apesar do Interactive Advertising Bureau (IAB) informar que apenas 50% dos pixels devem estar visíveis na tela por dois segundos consecutivos para um vídeo ser considerado visível, testes revelaram que quase três em cada cinco (58%) consumidores não conseguem recordar a marca. No momento, visibilidade não significa ser visível.
Dessa forma, é necessário que o setor abra os olhos e comece a falar sobre viewability, defina seus próprios padrões, aderindo à criação de anúncios que agreguem valor à experiência do usuário. Respeitar a navegação tornará a web um local mais produtivo, além de reduzir o desperdício de anúncios. Outra dica é que veículos que têm dificuldade para demonstrar o ROI baseado somente nesta métrica, devem pensar seriamente em associar outros KPIs, garantindo total transparência sobre o impacto da publicidade.