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Operação Carne Fraca | Apreensão e ação de entidades e autoridades catarinenses
20 de Março de 2017

Operação Carne Fraca | Apreensão e ação de entidades e autoridades catarinenses

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Nos últimos 3 dias o Brasil e o mundo voltaram suas atenções para o noticiário relacionado à operação deflagrada pela Polícia Federal e destinada a investigar um suposto esquema de corrupção entre frigoríficos e fiscais do Ministério da Agricultura. A população brasileira está apreensiva com a possibilidade de estar consumindo produtos de origem animal contaminados e nocivos à sua saúde. A União Europeia, os Estados Unidos e a Ásia procuraram, imediatamente, informações junto ao governo brasileiro sobre o assunto e os lotes exportados para seus países.

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Em Santa Catarina a apreensão do agronegócio com este fato é enorme considerando-se o trabalho de muitos anos dedicados à conquista e consolidação das exportações para vários paises. Recentemente uma missão composta por representantes da FIESC e do Governo de Santa Catarina visitou o Japão e a Coreia do Sul e um dos motivos da viagem foi o agronegócio catarinense. E esta é uma das razões para a apreensão que toma conta de  entidades e autoridades catarinenses que voltam suas atenções para os efeitos da Operação Carne Fraca que colocou em dúvida a qualidade dos produtos vendidos por dois gigantes na área de carnes: a Friboi (Seara e Big Frango) e a BRF (Sadia e Perdigão).

Governo do Estado e Entidades do setor

O governador Raimundo Colombo se reuniu, neste domingo à tarde, com os secretários da Agricultura, Moacir Sopelsa, da Fazenda, Antonio Gavazzoni, da Casa Civil, Nelson Serpa, e da Comunicação, João Debiasi, o secretário-adjunto da Agricultura, Airton Spies, e os presidentes da Cidasc, Enori Barbieri, e da Epagri, Luiz Hesmann, para avaliar os reflexos da operação Carne Fraca para o Estado de Santa Catarina.
 
Colombo disse que a rigorosa fiscalização dos produtos de origem animal no Estado sempre buscou garantir a qualidade na produção e na comercialização dos produtos. “Esse rigoroso controle permitiu que Santa Catarina conquistasse o mercado brasileiro e de mais de 150 países. Temos uma tradição consolidada pelo trabalho e dedicação do povo catarinense”, afirmou o governador.
“Não vamos abrir mão de preservar a saúde dos nossos consumidores, mas também não podemos abrir mão dos empregos que a agroindústria gera e de proteger as famílias produtoras”.
 
Raimundo Colombo manteve contatos frequentes com o presidente Michel Temer e o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, que estavam reunidos em Brasília tratando do mesmo assunto.
 
No encontro, realizado na Casa da Agronômica, o presidente da Cidasc, Enori Barbieri, disse que todas as 600 empresas de produção de carnes do Estado contam com um médico-veterinário responsável pela inspeção. “Os produtos das agroindústrias de SC são absolutamente seguros para o consumo”, afirmou Barbieri.
 
Moacir Sopelsa afirmou que por ser Santa Catarina rigoroso na fiscalização da produção e a único Estado do país com o título de zona livre de febre aftosa, o que garantiu acesso aos mercados mais exigentes do mundo, o Estado pode ser um dos mais prejudicados por essa crise.

Sindicato e Associação dos produtores

Na última sexta-feira, dia 17 de março, o Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne) e a Associação Catarinense de Avicultura (Acav) emitiram um comunicado no qual se posicionaram ao informar que “os fatos apurados pela Polícia Federal são isolados e representam lamentáveis exceções dentro da cadeia produtiva do setor e o elevado nível de segurança e qualidade dos produtos catarinenses”

Íntegra da nota conjunta do Sindicarne e da Acav
“O Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne) e a Associação Catarinense de Avicultura (Acav), em face da deflagração da “Operação Carne Fraca”, vem a público para manifestar:

A indústria brasileira de carne e, em especial, a indústria catarinense, atingiram nas últimas décadas um elevado nível de segurança e qualidade em sua operação, condição internacionalmente admirada e reconhecida.

Os padrões de biosseguridade, os avanços genéticos e a atenção extrema à sanidade e ao manejo fizeram da nossa produção agropecuária uma das mais seguras de todas as cadeias produtivas, graças ao empenho e profissionalização dos produtores rurais e aos pesados, intensos e contínuos investimentos das agroindústrias.

As indústrias brasileiras e catarinenses de carnes, notadamente as de aves e suínos, adotam o que há de mais avançado em máquinas, equipamentos, processos e recursos tecnológicos, assegurando alimentos cárneos confiáveis e de alta qualidade.

Por outro lado, sistemas de controle de qualidade das próprias indústrias e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) eliminam a possibilidade de erros ou de não-conformidades.

Essas características permitiram à agroindústria brasileira e catarinense exportar carne para mais de 160 países, entre eles, os mais exigentes do planeta em termos de qualidade e sanidade.

É necessário compreender a dimensão, a complexidade e o elevado grau de desenvolvimento desse importante setor da indústria nacional para considerar que os fatos apurados pela Polícia Federal são isolados e representam lamentáveis exceções dentro da cadeia produtiva.

O compromisso supremo das indústrias de alimentação é a oferta de proteína segura e de qualidade para a nutrição das pessoas e das famílias. Por isso, o Sindicarne e a Acav defendem a rigorosa apuração dos fatos e a exemplar punição daqueles que atuaram fora dos padrões exigidos.

Jamais pactuaremos com o erro e a omissão. Nosso compromisso é com a segurança alimentar da população.”

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