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Pesquisa com startups catarinenses apresenta resultados do programa Capital Empreendedor
25 de Maio de 2021

Pesquisa com startups catarinenses apresenta resultados do programa Capital Empreendedor

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Encerram nesta quarta-feira (26) as inscrições para a 3ª edição do programa Capital Empreendedor, que conecta startups a investidores. O projeto é uma iniciativa do Sebrae/SC em parceria com a consultoria de inovação Troposlab. Uma pesquisa, realizada no mês de abril pela Troposlab, apresentou os resultados do programa obtidos por empreendedores de startups catarinenses que participaram das edições anteriores. O estudo foi realizado com 66 de 84 startups.

“O objetivo da pesquisa é entender o momento em que se encontra cada negócio e identificar destaques e oportunidades do programa, para continuar realizando um programa com excelência com o foco de conectar investidores e startups”, afirma o gestor do programa Capital Empreendedor, Roberto Tavares.

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Quando questionados a respeito das principais contribuições sobre a participação no Capital Empreendedor, os empresários destacaram os aprendizados relacionados a empreendedorismo e a investimentos. Uma parte deles destacou também o networking como um resultado relevante do programa e a contribuição que o trabalho comportamental realizado teve para eles.

Conexão que gera resultado

De acordo com Pedro Teixeira, diretor de aceleração da Troposlab, a conexão entre empreendedor e investidores é essencial para a viabilização de novas tecnologias. “No cenário de hoje, mais do que um bom produto, é preciso crescer rápido. Programas como o Capital Empreendedor são essenciais para fomentar cada vez mais o desenvolvimento de startups e dar a tração que elas precisam. Além disso, conectar as empresas com seus investidores em um dos principais pólos de inovação do país como Santa Catarina pode servir de exemplo para outras regiões do país”, afirma.

O executivo ainda ressalta que a situação atípica causada pela pandemia deixou em evidência a necessidade de inovação para as empresas brasileiras.  “Há pouco tempo, a ideia de uma empresa com 100% de seus colaboradores trabalhando de maneira remota era impensável. Hoje, já é uma realidade em várias empresas com milhares de colaboradores. Existe uma necessidade latente de não só usar a palavra inovação, mas também de praticá-la”, completa.

Pesquisa

Das 66 startups entrevistadas, 63 continuam ativas, o que representa uma taxa de sobrevivência de 95%. As três startups que fecharam, justificaram que os principais motivos foram conflito entre os sócios, não realização de vendas e vendas insuficientes para manter o negócio em funcionamento.

Das 63 startups que continuam ativas, nove decidiram mudar seu plano de negócios e sua estratégia e optaram por pivotar sua startup. A pesquisa identificou que a pandemia causada pelo novo coronavírus contribuiu para que estas startups pivotassem seus negócios e pudessem sobreviver ao novo cenário.

A partir do que foi apresentado pelos empreendedores sobre o momento em que seus negócios se encontram, foi possível classificar as startups em quatro etapas: 21,7% delas estão em momento de validação do seu produto e do seu modelo de negócio; 11,7% possuem um produto ou serviço definido e estão em operação; 35% das startups estão crescendo e em processo de amadurecimento; 31,7% dos negócios estão em um ritmo de crescimento acelerado. 

Faturamento

De todos os negócios entrevistados, oito informaram que não obtiveram nenhum tipo de faturamento nos últimos 12 meses, e 48 negócios informaram seu faturamento nos últimos 12 meses. Das startups que informaram faturamento, 10 faturaram até R$ 100 mil; 22 de R$100 mil  a R$ 500 mil; cinco de R$500 mil a R$1 milhão; dez negócios possuíram um faturamento acima de R$1 milhão e inferior a R$5 milhões; e uma startup faturou mais de R$5 milhões.

Investimento

Em relação aos investimentos, 13 startups receberam algum investimento e outras 2 estão em negociações com investidores. Dos 10 empreendedores que puderam informar o valor de investimento após a participação no Capital Empreendedor, três startups captaram investimentos de até R$ 250 mil, três captaram investimentos entre R$250 mil e R$ 500 mil, outras três captaram investimentos entre R$500 mil e R$ 750 mil e um empreendedor conseguiu mais de R$ 1 milhão em investimentos.

Os investimentos recebidos pelos empreendedores entrevistados vieram de diferentes fontes. A maior parte das captações veio de investidores anjos ou investidores sócios. Aceleradora, premiação e venture capital foram responsáveis por dois investimentos cada. Por fim, um empreendedor utilizou o crowdfunding como forma de captação.

Os empreendedores entrevistados utilizaram os investimentos recebidos principalmente para contratação de pessoas e para o aprimoramento e desenvolvimento do produto. Um número menor de startups investiu uma parte do capital em ações de marketing, e um empreendedor utilizou o investimento para questões operacionais do negócio.

Perspectivas 

Considerando os próximos seis meses do ano, 45 empreendedores responderam que têm como objetivo focar em vendas e 14 por trabalhar no desenvolvimento de seu produto, o que reforça que a maioria dos negócios estão em fase de crescimento. Uma parcela menor dos empreendedores têm como objetivo focar na internacionalização de seus negócios (4), em captar investimentos (3) e em aumentar sua equipe (3).

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