Empreendedores iniciantes – e também aqueles que desejam ter seu próprio negócio – lotaram a sala da cobertura do hotel Faial na noite da última terça-feira (13) para saber mais sobre liberdade e os benefícios da diminuição do tamanho do Estado. O evento ‘Conecte – Liberalismo econômico! O que muda para o empreendedor?’, parte do movimento Floripa Conecta, reuniu três especialistas que detalharam e defenderam o tema com dados concretos e esclarecedores. Marcelo Fett, ex-consultor de investimentos do Governo Estadual e diretor de Relações com o Mercado da Softplan; Thais Waideman Niquito, doutora em Economia e professora da Udesc; e Álvaro Dezidério da Luz, fundador da Alvoeduca – Escola de Educação Financeira, aprofundaram o assunto a uma plateia de mais de 100 pessoas.
Promovido pela ACIF Jovem, CDL Jovem, ADVB Jovem e Instituto de Formação de Líderes (IFL), o encontro concluiu que o enxugamento da máquina pública é essencial para o desenvolvimento, à geração de renda e ao pleno emprego. “Como o Estado é controlado por agentes públicos, é inevitável que seja guiado por interesses políticos, o que trava o crescimento”, disse Dezidério da Luz.
Thais foi mais além: “Quando o poder público intervém na economia, geralmente faz uma má locação de recursos, priorizando setores, produtos e regiões. O resultado é geralmente desastroso”, frisou, provando com gráficos que os países com mais liberdade econômica são mais empreendedores, inovadores e geram mais renda.
Marcelo Fett mostrou números que provam a ineficiência de um Estado controlador. “Em 2016 foram repassados R$ 22 bilhões para empresas estatais, que devolveram somente R$ 2,8 bilhões em recursos. Hoje, somente 0,3% dos municípios brasileiros têm uma gestão de qualidade”, afirmou. Também garantiu que, em uma economia livre, o dinheiro desviado pela corrupção é muito menor. “Hoje, 17% dos investimentos em infraestrutura têm destinos escusos”, garantiu.
Diante deste cenário, os três consideram que o Brasil está no caminho certo com as reformas da previdência e tributária. “São medidas que demoraram muito a ocorrer, mas são inevitáveis para evitar uma crise ainda maior”, alertou Thais.
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