Depois de 30 horas de competição, o Global Legal Hackathon (GLH) premiou, neste domingo (8), em Florianópolis, as três ideias mais inovadoras de soluções tecnológicas para a Justiça. Ao todo, nove times participaram da maratona de criação. Entre a noite de sexta-feira e a tarde de domingo, eles desenvolveram do zero propostas de ferramentas com impacto social. O evento ocorreu na sede da Softplan, no Sapiens Parque.
Foram premiadas soluções criadas para incentivar o apadrinhamento de crianças e adolescentes na fila de espera para adoção, intensificar o combate à violência doméstica e ajudar advogados a acompanhar a tramitação de processos judiciais. Este é o terceiro ano em que a Softplan é sede do Global Legal Hackathon, a maior maratona do mundo focada em Justiça.
“A inovação faz parte do DNA da Softplan e, nas últimas três décadas, temos ajudado a transformar a Justiça brasileira com o processo digital. Como os desafios atuais vão muito além disso, abrimos as portas da nossa casa para que pessoas de competências variadas criem e busquem inovações que tornem a nossa Justiça ainda mais ágil e acessível ao cidadão”, argumenta Ilson Stabile, diretor executivo da Softplan.
A premiação deste ano é focada no desenvolvimento dos times vencedores e de suas soluções. Além de ingressos para o ADV Conference, um dos maiores eventos do ecossistema da Justiça, as equipes receberam créditos para mentorias especializadas em modelos de negócio e em tecnologia. Essas atividades serão fundamentais para o aperfeiçoamento da solução, uma entrega importante solicitada pela organização do GLH para a avaliação da próxima fase, que definirá os semifinalistas mundiais.
Conheça as soluções vencedoras:
1º lugar – Abraceme
A grande vencedora da maratona foi a equipe Abraceme, nome da plataforma web e aplicativo criados com o objetivo de auxiliar na adoção de crianças e jovens que aguardam por uma família. A solução permite a adultos se tornarem padrinhos afetivos de crianças e jovens que esperam pela adoção. Ela cria o perfil dos padrinhos para que a interação com as crianças tenha uma maior conexão.
2° lugar – Iara
O segundo lugar ficou com a equipe Iara, nome da assistente virtual desenvolvida para o Ministério Público para rastrear redes sociais em busca de crimes de violência doméstica denunciados na internet. Como muitos desses crimes não chegam às instituições oficiais, como delegacias e Ministérios Públicos, a Iara entra em contato com as vítimas em busca de informações detalhadas para o oferecimento da denúncia. A solução é dotada de processamento de linguagem natural – uma subárea da Inteligência Artificial (IA) que fornece aos computadores a capacidade de entender e compor textos.
3º lugar – Tami
O terceiro lugar da competição ficou com a equipe Tami, nome da assistente virtual desenvolvida para ser usada por advogados. Também construída com base em processamento de linguagem natural, permite aos juristas consultarem processos judiciais. A aplicação funciona por comando de voz e oferece o gerenciamento das pendências e da agenda do advogado. A Tami ainda envia mensagens por meio da integração entre os demais aplicativos conectados no celular.
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