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ARTIGO | Como incluir a inovação no planejamento estratégico de 2021?
04 de Janeiro de 2021

ARTIGO | Como incluir a inovação no planejamento estratégico de 2021?

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Por Alexandre Pierro *

O mundo mudou e, consequentemente, o mercado mudou com ele. Nesse contexto, a única forma de não ficar para trás, é investindo em inovação – e por inovação, pressupõe-se a criação de novos produtos, serviços, processos e participação em novo mercados. Mas como pensar em algo novo que possa contribuir com o crescimento de um negócio que já existe? O primeiro passo é assumir um posicionamento proativo a partir da predição das tendências do mercado para, assim, traçar os planejamentos estratégicos para a empresa.

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Em meio à crise do coronavírus, o que vimos foram empresas de todos os portes se arriscando em segmentos diferentes dos que estavam habituadas como alternativa para se manterem competitivas e sobreviverem. Esse fenômeno diz muito sobre como iremos direcionar os negócios nos próximos anos: nos pautando de acordo com o comportamento do consumidor e com o que o mercado pede.

Para uma empresa se manter competitiva, ela deve pensar em produtos novos que sejam interessantes para o futuro, com base no que vemos no presente. Daí que vem a palavra “predição”, que consiste em calcular a posição futura de um alvo ao fim de certo tempo, com base na posição atual do mesmo.

Quando a empresa se agarra na tradição e fecha as portas para a inovação, quem toma a dianteira são empresas concorrentes, e que, hoje, não são mais nossas vizinhas, elas estão espalhadas ao redor do mundo. É fundamental se manter atento à direção em que a concorrência caminha e ativar nosso radar de tendências para não perder a liderança. Em outras palavras, ou trazemos a inovação para o nosso mercado, ou ficamos fora dele.

Uma metodologia eficaz de análise de predição de mercado é a chamada “coolhunting”, que atua como um gerenciamento de tendências. Seu conceito se resume na observação do comportamento das pessoas e do mundo, para assim, predizer as novas tendências de mercado. Dessa forma, é possível antever as ameaças para respondê-las a tempo, ao passo em que também pode-se identificar as oportunidades e potencializá-las.

Seguindo essa lógica, o coolhunter é o profissional que se mantém atento ao que acontece à sua volta. Ele tem a missão de utilizar métodos de coleta de dados para encontrar sinais que apontem para mudanças na sociedade e estabelecer padrões entre eles e, por isso, demanda um tempo de pesquisa constante. Com essas pistas, as empresas são capazes de inovar e se manter relevantes no mercado.

De modo geral, o mais importante a se fazer é pensar o planejamento estratégico de uma empresa de forma mais preditiva, não passiva, isto é, ir atrás do que o mercado está buscando. Possuir senso crítico para analisar os cenários e agir preventivamente é a chave para quem quer ter bons insights e inovar sem correr o risco de ficar no prejuízo. A partir do momento em que temos o norte da bússola, inovar fica muito mais fácil.

* Alexandre Pierro é sócio-fundador da PALAS – consultoria de inovação e gestão – e um dos únicos brasileiros a participar ativamente da formatação da ISO 56.002, de gestão da inovação.

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