por Denice Mincarone*
É notório que as mulheres assumem diversos papéis e, habitualmente, são sempre avaliadas por cada um deles: irmã, amiga, esposa, amante, profissional…. Todas essas funções, com certeza, absolutamente significativas. Porém, nenhuma delas supera o papel de mãe. Mãe é única, é insubstituível, é adivinha, é mágica, é rocha, é algodão.
É realmente engrandecedor ser referência de todos esses títulos, mas saber lidar com cada um deles nem sempre é tão glamoroso. O romantismo da função de mãe pode ir se acabando se não forem observadas as prioridades com muita clareza. O carinho, a atenção, o tempo de convivência com os filhos vai, em algum momento, perder espaço para obrigações do dia-a-dia. E esses momentos devem ser encarados com ampla naturalidade, sem qualquer vitimização ou remorso.
Não raro encontramos mulheres vivendo o papel de mãe com tamanha culpa que perdem totalmente a capacidade de apreciar as conquistas que o caminho traz, dando mais atenção ao que não conquistou do que a tudo o que construiu. Estes sentimentos são consequências das crenças de cada um e, em algum momento, deverão ser trabalhadas e ressignificadas.
Outros fatores interferem na harmonia que as mulheres almejam quando sonham em ser mamães. Imaginam um mundo cor de rosa tal qual se vê em postagens de famílias felizes com um belo gramado e uma criança sorridente sendo admirada pelo casal quando a realidade traz um marido enfadonho porque perdeu a esposa para este maravilhoso ser que surgiu de um momento de amor.
Uma ferramenta poderosa para contornar estes desafios é um processo de coaching que além de administrar as crenças, traz clareza sobre a incongruência entre os valores e a realidade vivida.
Quando a mulher enfrenta sem dor os desafios que se apresentam por questões profissionais, conjugais ou até por falta de habilidade em gerir o tempo, isto deixa de ser problema e passa a ser um fato aceito e, como tal, gerenciado. Assim, ela saberá priorizar na medida certa, vivendo momentos saudáveis de renúncias e de escolhas, com equilíbrio e maturidade. Posto isso, o caminho estará pronto para a mulher desfrutar do seu melhor papel.
* Denice Mincarone, mãe, Master Coach, diretora da Febracis Florianópolis
