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#PorAí: instalação fotográfica inclusiva de Bruno Ropelato abre no espaço Lona Criativa
17 de Agosto de 2017

#PorAí: instalação fotográfica inclusiva de Bruno Ropelato abre no espaço Lona Criativa

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A instalação fotográfica #PorAí, de Bruno Ropelato, abre nesta quinta-feira (17), a partir das 19 horas, no espaço Lona Criativa, em Florianópolis. O trabalho é inspirado na canção “PorAí”, de Jean Mafra, e concretiza a iniciativa de produzir imagens silenciosas de texturas, coisas, objetos e arquitetura da Grande Florianópolis.

“Com imagens silenciosas pouco se diz, mas com muitas delas é possível construir uma narrativa sólida sobre a urbanização do nosso entorno”, define Bruno Ropelato. 

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#PorAí procura recortes sobre a Grande Florianópolis, o detalhe do plano aberto com imagens que revelam a beleza no vazio da urbanização, a textura de uma fachada perdida num céu azul de verão ou a transparência de balões num fim de tarde.

 

O projeto se construiu no Instagram, com postagens diárias das fotografias ao longo de dois anos. Na nova nova etapa, transformou-se em instalação fotográfica inclusiva, com dispositivos de acessibilidade para cegos e deficientes visuais. São 40 fotos táteis, sinalização tátil no piso e instruções em braille, em um ambiente propício para a experimentação das texturas da cidade através da fotografia.

Serviço
#PorAí: instalação fotográfica inclusiva de Bruno Ropelato
A partir de 17/08, às 19h
Lona Criativa – Rua Fulvio Aducci, 534, Florianópolis

Facebook: www.bit.ly/expo-ropelato

Fanpage: www.facebook.com/lonacriativa

 

 

 

TEXTO CRÍTICO

por Jean Mafra

O artista é aquele que, muitas vezes, nos permite ver o que já não se vê. Em nosso campo de visão existem coisas que de tanto estarem lá, com o tempo nos parecem “invisíveis”. Em um mundo em que a maioria segue anestesiada, Bruno Ropelato nos oferece com o projeto “#PorAí”; a oportunidade de vivenciarmos algo que podemos chamar “olhar infantil” (ou “olhar de descoberta”).

​Existem muitas possibilidades distintas de tocar o outro… Há em múltiplos graus, o que chamam “entretenimento” e infinitos modos dele fundir-se com “arte”ou fingir-se de. Cabe dizer que através de um olhar particular – que ilumina o inesperado – Ropelato consegue nos “revelar” algo novo naquilo que já conhecíamos ou pensávamos conhecer. E vai além, se conectando com ferramentas das mais cotidianas, usando a “banalidade” das redes sociais constrói algo fluído que funde beleza, arte, subjetividade, abstração ou o que a primeira vista poderia ser algo como “entretenimento”.

Estes seus pequenos recortes cotidianos nos revelam uma cidade fragmentada, algo que embora saibamos, esquecemos. Seu olhar nos apresenta essa perspectiva, nos lembra que a cidade somos todos que nela vivemos e que a fazemos viva. É essa vida que pulsa em “#PorAí”. Nem ela nem o olho que lhe fotografa são estanques, daí o que sabíamos existir, pode se apresentar inesperado – com ou sem photoshop – com ou sem filtros. 

​Neste sentido, o artista “mixa” o que aprendeu na academia com o que a vida e a rua lhe oferecem, partindo da perspectiva profissional do fotojornalismo, nega a objetividade e abraça o que lhe convém. E ao se preocupar com questões de acessibilidade, diz ainda que subliminarmente, que seu olhar sobre cidade é para todos. Uns diriam “Pop-Art”, ele vai adiante e diz “#PorAí”.

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