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SÉRIE “Os desafios e o legado da pandemia”, por Silvano Silva, presidente da ACAERT
26 de Novembro de 2020

SÉRIE “Os desafios e o legado da pandemia”, por Silvano Silva, presidente da ACAERT

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Como se sabe, a pandemia da COVID-19 impactou todos os segmentos econômicos no mundo. Aqui em Santa Catarina não foi diferente para o setor da comunicação, especialmente de rádio e TV. A crise exigiu uma resposta rápida por parte dos empresários, cortando custos e planejando bem os investimentos, mas trouxe também o lado positivo de impor a inovação como uma necessidade para sobreviver nesse mercado em transformação. Nesse sentido presenciamos uma aceleração na digitalização dos processos, tanto na produção de conteúdo em home office como no atendimento aos clientes. Na parte de produtos, surgiram muitas soluções criativas que adaptaram rapidamente a linguagem do rádio e da TV ao que pandemia impôs por exigência sanitárias, como por exemplo as lives com artistas musicais, a promoção de eventos no formato drive-in e participação de entrevistados a autoridades por ferramentas de videoconferência. 

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Na questão editorial, o rádio e a TV assumiram um protagonismo importante na curadoria de conteúdo sobre as informações da COVID-19. Logo no início da quarentena a população se viu em meio a outra pandemia: a da desinformação.  Nesse momento os veículos essenciais, como o Rádio e a TV, ampliaram o espaço dedicado a informar as pessoas corretamente sobre os riscos e a forma mais eficaz de prevenção ao vírus. Como resultado presenciamos um aumento significativo no consumo dessas mídias, atestado por diversas pesquisas publicadas nos últimos meses pela Kantar Ibope Media. 

Na parte comercial, incialmente os veículos tiveram que trabalhar de forma muito próxima ao mercado, priorizando a retenção dos clientes e deixando a prospecção para o momento da retomada. A estratégia surtiu efeito, as marcas que não deixaram de se comunicar na pandemia estão fortalecidas junto aos seus públicos-alvo. Para atestar isso, a ACAERT promoveu uma pesquisa com importantes setores da economia, através de entidades representativas, e esse levantamento apontou que a maioria dos empresários catarinenses (66%) considera que as campanhas e ações das marcas nesse momento fazem sentido para os clientes. 

Acredito que o momento é de retomada gradual da economia e com isso é importante destacar que as empresas e agências devem procurar associar as marcas com os veículos que têm credibilidade e saíram fortalecidos do momento mais crítico da pandemia. É importante lembrar que nos últimos meses além da crise sanitária do coronavírus, presenciamos um debate intenso por falta de moderação e ambiência em determinadas redes sociais, culminando num boicote global sem precedentes na história. Esse movimento mostra que o consumidor está atento a tudo o que as marcas fazem, como fazem e onde fazem. E nesse sentido não há mais espaço para ambientes ou conteúdos que disseminem ou permitam a discriminação e a desinformação. 

Para finalizar, estamos às vésperas de uma eleição municipal. Momento em que o Rádio e a TV mais uma vez assumem um protagonismo no processo de informação e orientação ao eleitor. Para marcas, agências e anunciantes esse é um momento de reforçar seus propósito e valores junto aos meios que têm um compromisso fundamental com a sociedade, o de preservar a liberdade e a nossa democracia.

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