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NSC apresenta a história de Liberata, uma escrava que lutou por liberdade
14 de Novembro de 2018

NSC apresenta a história de Liberata, uma escrava que lutou por liberdade

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Neste novembro, mês em que a consciência negra é reverenciada, a NSC apresenta um projeto multimídia que vem sendo idealizado há cinco anos. “Liberata”, a história de uma escrava em terras catarinenses, foi lançado na noite desta terça-feira (13) no Teatro da Ubro, lugar símbolo das manifestações da classe trabalhadora em Florianópolis.

Liberata conta a história de uma negra escravizada que lutou por liberdade quando ainda nem se falava no fim do período escravagista. Para isso, percorreu um caminho improvável para a época: os tribunais.

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O projeto

O trabalho nasceu da inquietação da jornalista Ângela Bastos, repórter especial do Diário Catarinense, que foi instigada por uma reportagem abordando uma pesquisa sobre negros escravizados que, mesmo antes da Lei Áurea (1888), buscavam a liberdade pela Justiça. Entre os cerca de 380 processos levantados pela pesquisadora Keila Grinberg, no Arquivo Nacional do Rio de Janeiro, havia o de Liberata, que a partir de 1790 viveu na Enseada das Garoupas, pertencente à antiga Desterro, hoje Porto Belo, no Litoral Norte de Santa Catarina.

Ângela identificou um valor histórico, sentiu que a história precisava ser contada e imaginou uma forma diferenciada: unir jornalismo e dramaturgia. A repórter rascunhou um projeto para diferentes plataformas  e convidou o colega e comunicador EdSoul, da NSC TV, para juntos tocarem o trabalho. E claro, os dois se apaixonaram pela história de força de Liberata.

– A saga de Liberata precisa ser mais conhecida dos catarinenses, pois é um exemplo de luta e resistência. Submetida a uma intensa violência por parte do seu senhor, trata-se de personagem de uma história real que rompe o sistema escravocrata da época e mostra que, independentemente do lugar onde se passou, a escravidão é algo repugnante em qualquer cenário – diz Ângela.

Foram nove meses de execução do trabalho para contar essa história. Gravações em diferentes pontos do Brasil, como Rio de Janeiro, Paranaguá (PR), Porto Belo, Itajaí. O projeto também exigiu pesquisas em arquivos e bibliotecas e a implacável busca por descendentes. O resultado disso será mostrado em todos os veículos da NSC Comunicação, em tevê, jornal, digital e rádios.

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