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Coluna de Sara Caprario | Estratégia e caráter
01 de Março de 2016

Coluna de Sara Caprario | Estratégia e caráter

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Uma vez li uma frase muito interessante, mas esqueci de anotar o autor, onde afirmava que a liderança precisa de caráter e estratégia, mas se tiver que escolher entre um dos dois, esqueça a estratégia. Essas duas características são essenciais para a comunicação de qualquer empresa, mas quando o planejamento precisa dar lugar a decisões rápidas – como em uma crise, por exemplo – o negócio é priorizar o caráter.

 

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O que quero dizer pode parecer óbvio ou simples, mas continuamos vendo erros de comunicação graves, em momentos de crise ou não. Em qualquer relacionamento, a verdade sempre é primordial para manter os laços de confiança e tornar agradável a convivência. Portanto, o relacionamento com a imprensa, com os clientes, com o público-alvo e com a sociedade em geral também exige conduta verdadeira, ética e transparente. 

 

Nesse sentido, tenho tido muita preocupação ao ver embaralhar no mesmo escopo de trabalho de uma assessoria de comunicação assuntos que envolvem a publicidade e o marketing. A prestação de serviços nessa área aparece com o nome de marketing digital ou inbound marketing, mas deve ser usada com cautela e responsabilidade. Em muitas empresas vemos contratação desses serviços sem preocupação com o contexto, ou seja, com a estratégia de comunicação da empresa ou organização. A velocidade das mudanças nessa área confundiu o mercado e hoje existem agências de publicidade oferecendo os serviços, agências de comunicação e relacionamento com a imprensa, assim como existem as agências digitais que cuidam da ferramenta mas sem ter, em alguns casos, domínio da linguagem e do conteúdo em si.

 

 A relevância do conteúdo será o diferencial num trabalho integrado de comunicação. Isso significa dizer que todos esses atores podem preencher esse papel que flutua em todas as áreas, mas o ideal seria um trabalho conjunto e complementar, como ocorria há muito tempo na divisão entre publicidade e mídia espontânea. 

 

A nova geração é digital por natureza, nasceu na era da tela touch e do imediatismo das informações. Mas nem por isso deixam de se aprofundar em algum tema que gostem ou defendam, ao contrário, são mais críticos e exigentes, embora curtam mudar muito de opinião. Tudo isso é relevante numa política de comunicação e demonstra a real necessidade de se manter o caráter mesmo diante de desafios que exigem rapidez.

 

O caminho é sem volta. As assessorias de comunicação estão se especializando para oferecer todos os serviços de gestão das redes sociais, integração dos canais online, informativos virtuais, monitoramento, entre outros. Precisamos ser os gestores da área e não complemento.

 

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