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Conteúdo pago é a principal aposta de receita para os publishers em 2019
11 de Janeiro de 2019

Conteúdo pago é a principal aposta de receita para os publishers em 2019

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Uma pesquisa realizada com 200 líderes de mídia em 29 países, realizada pelo Instituto Reuters, aponta que as assinaturas digitais e afiliações serão a principal fonte de receita das empresas jornalísticas em 2019. De acordo com 52% dos entrevistados, o que está também presente nessa tendência são os obstáculos ao avanço do modelo de monetização via assinantes, que serão maiores e exigirão muita inovação por parte da indústria jornalística para serem superados. É bem possível, afirma o levantamento, que este e o próximo ano sejam cruciais para a consolidação desse modelo de negócio.

A pesquisa revela que, abaixo da expectativa de faturamento com o pagamento por conteúdo, os publishers apostam nas receitas via publicidade impressa (27%) – que permanece com preços mais elevados do que os anúncios online –, publicidade digital (8%) e doações/crowdsourcing individuais (7%). A publicidade permanece importante, diz Nic Newman, autor da pesquisa, mas o foco principal daqui para frente é mesmo a construção ou o fortalecimento de empresas ao redor de assinatura e doações. “Portanto, o investimento na condução de assinaturas será crítico em 2019, e provavelmente em 2020, para criar um negócio de notícias sustentável”.

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As barreiras para a ampliação das carteiras de assinantes começam a surgir na medida em que a oferta dos serviços, vindas de diferentes mídias, chegam de forma precisa e frequente ao grupo de leitores dispostos a pagar por conteúdo, ainda muito pequeno em todo o mundo. “Nossa pesquisa sugere que, na maioria dos países, apenas uma pequena minoria está preparada para investir em assinaturas digitais, com a maioria dos usuários casuais feliz com serviços baseados em publicidade”, diz Newman.

Além disso, as diferentes estratégias de paywall, algumas de maior rigor (como as que colocam sites inteiros atrás de muros), tendem a enfrentar maior resistência do consumidor em 2019. Há ainda outras características desse modelo que podem afugentar assinantes. “Muitas das notícias atualmente publicadas online simplesmente não valem a pena pagar. Algumas delas dificilmente valem a nossa atenção fugaz, quanto mais dinheiro suado”, enfatiza Rasmus Kleis Nielsen, diretor de pesquisa do Instituto Reuters de Pesquisa do Jornalismo, segundo o Nieman Lab.

Kleis Nielsen também afirma que é difícil de prever como os leitores reagirão a uma enxurrada de pop-ups com mensagens do tipo “por favor, assine”. As técnicas que buscam assinaturas, diz, podem acabar irritando ainda mais os consumidores e dando às pessoas outra razão para se afastarem das notícias. Um quadro que favorece a uma outra projeção da pesquisa conduzida por Newman: a adoção crescente de “bloqueadores de assinatura”, barrando softwares para download e extensões de navegador que recebem taxas de pagamento limitadas, bloqueando o javascript que os desencadeia. “Forçar os usuários a fazer login para qualquer conteúdo é uma maneira de contornar essa situação, mas isso reduzirá usuários fly-by e a receita publicitária resultante”, alerta Newman.

Leia mais sobre esse tema aqui: Oriundo do ANJ Online.

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