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Coluna Ozinil Martins | Quando pensar se torna perigoso!
19 de Janeiro de 2022

Coluna Ozinil Martins | Quando pensar se torna perigoso!

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Por Prof. Ozinil Martins de Souza 19 de Janeiro de 2022 | Atualizado 19 de Janeiro de 2022

O acirramento político está construindo um mundo eivado de arestas. De algum tempo para cá, por interesses claramente definidos, o politicamente correto tenta, de todas as formas, engessar as pessoas que ousam pensar de forma diferente. Contrariar a forma de pensar de grupos de pressão, barulhentos e ativos, muito bem identificados é ser rotulado como politicamente incorreto, negacionista, terraplanista.

Sempre tenho afirmado nos espaços que me são concedidos que, a péssima educação que é praticada no Brasil e outros países na América latina, não é um problema de incompetência, mas o planejamento de uma ação para criar um povo omisso e facilmente dominado por uma elite a quem não interessa um povo culto. Com um povo que não pensa, não analisa, não questiona é muito mais fácil implantar sistemas autoritários de governo com a autorização deste mesmo povo e, se isto for acompanhado por alguma bolsa auxílio qualquer, a subordinação está garantida. A Venezuela seguiu todos os passos da cartilha para implantação do sistema e hoje, segundo pesquisa da Universidade Católica Andrés Bello (Caracas), 94,5% dos venezuelanos estão na linha de pobreza e destes, 76,6% estão abaixo da linha de pobreza; 8,1 milhões de venezuelanos estão desempregados e 7,6 milhões ocupam empregos de 4 horas diárias. Os salários pagos ao funcionalismo público equivalem a U$12 e na iniciativa privada (ainda existente) os ganhos chegam a U$38. O maior sinal de fracasso da economia reside no fato do país, maior detentor de reservas de petróleo do mundo, receber petróleo do Irã para evitar a paralisação total do país.

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Esta coluna não discute se o melhor sistema é o A ou B; a proposta é mostrar que quando se calam as pessoas, quando se sufocam os problemas, quando se separam as pessoas pela cor da pele, quando existe uma concentração de renda abusiva (beneficiando uns em detrimentos de outros), quando se cria o nós x eles é óbvio que o todo será, absolutamente, prejudicado e o país, qualquer que seja, caminha para a pobreza. Os exemplos estão claros e visíveis a todos.

A formação cultural de um povo passa pelo sistema educacional. Quando se relega a educação nas prioridades de governo, em qualquer nível, estamos condenando o povo à pobreza. O crescimento das pessoas acontece a partir da exposição ao contraditório. Lembrem-se: tese, antítese e conclusão. Tudo tem que ser validado pelo processo do diálogo. O que vemos hoje, provocado por grupos radicais e uma consistente fração da imprensa, é a radicalização do processo do debate. Ou você pensa como eu ou será cancelado. Vamos lembrar Monteiro Lobato e suas personagens, da heresia com o hino do Rio Grande do Sul (provocado por deputado estadual), do jogador de vôlei Maurício, das censuras provocadas contra pessoas que defendem posições contrárias a dos grupos de pressão.

A pandemia só fez escancarar o radicalismo a partir da discussão sobre vacina não vacina. O sagrado direito de decidir de cada indivíduo está sendo questionado em vários países; há revolta popular em países como Itália, Espanha e França. Países que viveram as violências da Segunda Guerra Mundial e tiveram suas liberdades suprimidas, seus direitos cancelados e não querem, é óbvio, passar pelo mesmo processo novamente. Na parte pobre do mundo, sua grande maioria, as autoridades de plantão, em nome da vida querem suprimir o direito fundamental à liberdade..

É evidente que o aumento populacional, seguido por todas suas consequências, tem provocado o surgimento de governos cada vez mais autoritários. A pandemia serviu como uma luva aos que pretendiam impor suas regras de controle sobre a população.

Como este ano haverá eleições para cargos importantes é fácil prever, que ganhe quem ganhe, o país continuará ingovernável ou teremos mais governo de coalizão em que o patrimônio público servirá para saciar a volúpia de políticos corruptos. O povo? Um mal necessário para prover o Estado dos recursos financeiros para que a festa continue.

Lembrando João Paulo II “A violência destrói o que pretende defender; a dignidade da vida, a liberdade do ser humano!”

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