[Fernanda Bornhausen e Ligia Fascioni]
A coluna de hoje foi escrita a quatro mãos e dois cérebros coloridíssimos.
A Fernanda Bornhausen e eu somos colegas de AcontecendoAqui há anos; a gente só tinha se encontrado pessoalmente uma vez, num workshop de Design Thinking em 2011, e a identificação foi imediata. Depois disso, comigo morando tão longe, a gente se encontrou de novo somente mais duas vezes, ambas em 2019: uma em Florianópolis, no início do ano, e outra em Berlim, em julho. Daí a coisa engrenou de vez e troca tem sido constante e riquíssima.
Pois dia 28 de abril de 2021 vamos fazer uma Live juntas e colocar os assuntos em dia.
O que nós temos em comum para conversar? Muito, mas para começar, ela fala sobre os hormônios da felicidade (Serotonina, Endorfina, Dopamina e Ocitonina) e eu, amante da inovação, falo sobre a revolução 4.0, os processos criativos, e como a neurociência nos ajuda a entender seu funcionamento. No fundo, nossas conversas sempre acabam no cérebro…
Defendo que um dos pontos fundamentais para se adaptar a esse mundo novo e automatizado é o exercício da empatia e criatividade, habilidades humanas que as máquinas e a inteligência artificial ainda não têm (por enquanto).
Abaixo vem a lista das anotações da Fernanda na palestra que fiz em 2019; vamos discutir alguns desses pontos no nosso encontro virtual.
- O repertório de cada pessoa é o conjunto de tudo o que ela viveu, aprendeu, sentiu e experimentou até aquele momento. Como metáfora, dá para dizer que esse repertório é como um imenso armário, com caixinhas e prateleiras.
- A criatividade depende do tamanho e da variedade do repertório da pessoa, ou das “prateleiras” e “caixinhas” que ela consegui colecionar.
- O cérebro é supersustentável — a fim de otimizar o processamento, ele reaproveita as experiências anteriores para deduzir as presentes; isso nos leva para o lugar comum sempre.
- Precisamos de prateleiras novas todos os dias. Ginástica mental aumenta o repertório — mas é MUITO desconfortável.
- É preciso resistir ao preconceito automático.
- Tudo que dói constrói prateleiras novas e aguça a criatividade para sobrevivermos ao Tesarac e ao mundo VUCA.
- Quem exercita a empatia tem melhor repertório para inovar e sobreviver ao mundo VUCA.
- O mundo não vai caber em 2 caixinhas, quem tiver poucas caixinhas vai sucumbir.
- Precisamos nos expor ao diferente todos os dias.
- O mundo é do tamanho do seu repertório!
- Precisamos ampliar a nossa caixa e não sair da caixa.
- Precisamos nos conectar com pessoas com caixas totalmente diferentes das nossas, que ampliem o nosso repertório diariamente.
- Estamos no tempo do olhar humano. Da empatia e da criatividade.
- As máquinas não têm medo porque não sentem empatia.
- Religião e espiritualidade não tem nada a ver uma com a outra. Religião estrita dificulta que as pessoas de construam por si mesmas novas caixinhas. Ela fornece as caixinhas prontas aos fiéis e limita o repertório.
- Quem tem mais caixinhas deve estimular a criação coletiva de caixinhas.
A Fernanda, como eu, acredita que ampliar o repertório todos os dias e construir caixinhas novas, além de melhorar o mundo, melhora também nossa qualidade de vida.
E você, que dar uma acelerada no seu processo de ampliar repertório?
Vem conversar com a gente no dia 28; se quiser mandar as perguntas antes, pode enviá-las para o perfil da @sedo.farmaciaonline no Instagram.
L I V E
Quando: 28 de abril de 2021
Horário: 12 horas (Brasil)
Onde: Instagram, @sedo.farmaciadamente
A gente espera por você!