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Coluna Ozinil Martins | Quando a Universidade perde o foco!
03 de Janeiro de 2020

Coluna Ozinil Martins | Quando a Universidade perde o foco!

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Por Prof. Ozinil Martins de Souza 03 de Janeiro de 2020 | Atualizado 03 de Janeiro de 2020

 

Importante que comecemos o ano analisando algumas tendências emitidas pelo mercado em relação aos profissionais que lhes são ofertados. De há muito o mercado tem emitido sinais sobre o descompasso existente entre suas necessidades e o que é entregue pelas Universidades e Faculdades como produto final de um trabalho longo e custoso.

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O estudante universitário está sendo vítima de um sistema burocrático e ineficiente, que demora a se adequar ao mundo que está sendo criado, ou seja, moderno, evolutivo, rápido e altamente suscetível às mudanças. O Ministério da Educação não está adequado às exigências que lhes são impostas fruto de uma estrutura pesada e ineficiente com retornos lentos e inadequados aos tempos que vivemos.

Cursos com durações longas com número excessivo de disciplinas incluídas para cobrir o tempo estabelecido, mas que não têm nenhuma importância para a formação do profissional; ementas envelhecidas que não acompanham o desenvolvimento exigido pelo mercado; ênfase dada a cursos na área de Humanas quando a necessidade urgente está em cursos que exigem formação técnica, só acentuam este descompasso. Só para ter uma ideia do problema formam-se, no Brasil, 120 mil bacharéis em Direito anualmente. Pior, em média, em torno de 13% são os aprovados no exame da OAB. Quer dizer, os estudantes dedicam 5 anos das suas vidas para sua formação e não passam no exame que os qualifica profissionalmente. A quem interessa isso?

O mundo mudou! O smartphone que você carrega em seu bolso possui mais tecnologia que a nave que levou o homem à lua; as maiores empresas do mundo foram criadas entre 1990 e 2000; a expectativa de vida aumentou e só no Japão, em 2019, 70 mil pessoas atingiram a marca de 100 anos.

A Geração Z (jovens nascidos a partir de 2000) não tem preocupação com carreira, mas com experiências vividas; não pensam em acumular bens, mas preocupam-se seriamente com propósito de vida, com sua contribuição para construir um planeta acessível a todos e que não seja depredado em nome de poucos e, começam a influenciar pessoas e a mudar comportamentos.

Empresas como Google e Facebook já não acham determinante a graduação para contratar um profissional, mas as habilidades que são desenvolvidas pelos indivíduos e os conduzem a resultados.

Assim, só resta às Universidades e Faculdades, descobrir novos caminhos; cursos rápidos e com garantia de formação e empregabilidade, foco em resultados e na formação de profissionais qualificados e esquecer o lema dos governos que diziam que “Universidade é para todos”, pois a Universidade é onde se determinam os caminhos de um país, é onde se forma o conhecimento, onde se forma a elite pensante!

Que todos tenham o ano de 2020 dentro de suas capacidades. Cheio de desafios, que exijam mais de suas habilidades e que, em primeiro lugar, definam corretamente seus objetivos, pois cada um de nós é o que se determina a ser. Feliz 2020!

 

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